Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Leandro Mazzini | 25 de julho de 2022
O banqueiro José João Abdalla Filho, o Juca Abdalla, está mandando muito na Petrobras, mais que o sócio majoritário, o Governo federal – cujos conselheiros não seguem o próprio chefe, Jair Bolsonaro. O conselho de minoritários domina a gestão e reelegeu Abdalla para um dos assentos. No mesmo dia, o conselho barrou dois indicados do Governo alegando que representariam, dentro da petroleira, um “conflito de interesses”. O termo, pelo visto, não serve para o banqueiro sócio minoritário, que caiu nas graças dos colegas do mesão. O caso chamou atenção até das petroleiras concorrentes.
Fantoche predileto
Há um movimento suprapartidário de políticos experientes, iniciado este mês, para consolidar um candidato de terceira via com chances de vitória em 2026 à Presidência da República. Eles apostam no “neófito” Eduardo Leite (PSDB) como o nome mais aceitável em diferentes setores e partidos. Seria o nome mais acessível aos interesses dos velhos caciques.
Deltan no aperto
O ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol está cheio de boas intenções na pré-campanha a deputado federal. Criou movimento para limpeza da Câmara, o “200 +” –alusão ao número que comporia forte bancada de interesses afins. Um projeto é acabar com o fundo partidário. Mas foi cobrado por militante a não receber salário do partido.
Grilagem
Carona na reforma agrária virou bom negócio para grileiros infiltrados em movimentos de sem-terra. Ganham a terra, vendem glebas e voltam para casa nas periferias das cidades. O Sul da Bahia tem registrado invasões há três semanas de grileiros e sem-terra esperançosos numa vitória de Lula da Silva (PT) e na garantia de que não serão expulsos por uma vindoura reforma agrária.
Alerta da China
Filho de chinês, radicado em Hong Kong, e dono no Brasil de empresas no setor de petróleo, agro e embalagens, o brasileiro Winston Ling alertou em seu Twitter para um “movimento de desobediência civil que se alastra na China”. Financeira, claro. Ling relata a amigos a suspeita de calote das hipotecas enquanto as grandes construtoras chinesas (segundo ele, quebradas), não têm entregado imóveis.
Na UTI
A saúde da Unimed Rio está em risco. O alerta é dos próprios associados. Mais de 300 deles, do chamado Grupo Resgate Unimed Rio, lançaram comunicado pelo whatsapp, citando dívida de R$ 3 bilhões da cooperativa. Que pode recair sobre os associados em R$ 500 mil de prejuízo para cada. Reclamam ainda do reajuste dos repasses à administradora.
Colaboraram Walmor Parente, Carolina Freitas, Sara Moreira e Izânio Façanha (charge)
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