Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 29 de julho de 2022
A CEEE-G é responsável por 1.270,7 megawatts (MW) de potência outorgada, cerca de 13,3% do total do Estado.
Foto: Rovena Rosa/Agência BrasilA Companhia Florestal do Brasil foi a vencedora do leilão de privatização do controle acionário da Companhia Estadual de Geração de Energia Elétrica (CEEE-G), promovido pelo governo do Rio Grande do Sul e estruturado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O pregão foi realizado na tarde desta sexta-feira (29) na B3, em São Paulo.
A Companhia Florestal, que tem como sua principal acionista a siderúrgica CSN, ofertou R$ 928 milhões pela CEEE-G, com um ágio de 10,93%. A venda da companhia gaúcha tinha valor mínimo de R$ 836,9 milhões e foi também disputada pela Auren Energia (ex-Cesp).
O governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior, acompanhou o leilão na B3. “Tivemos duas grandes empresas disputando e conseguimos concretizar esse processo de privatização, que se iniciou em 2019 e foi concluído agora com a alienação da CEEE-G, o último braço da companhia. A disputa entre duas companhias de grande capital referenda o valor da CEEE-G, que foi respaldado inclusive por decisões do TCE e do Judiciário”, disse.
Este foi o terceiro braço do Grupo CEEE a ser privatizado. Em março do ano passado, a CEEE Distribuidora (CEEE-D) foi leiloada e adquirida pelo Grupo Equatorial Energia. Há um ano, a CPFL Energia foi a vencedora do leilão de privatização do controle acionário da Companhia Estadual de Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-T).
A CEEE-G é responsável por 1.270,7 megawatts (MW) de potência outorgada, cerca de 13,3% do total do Estado. Uma primeira tentativa de leilão havia sido realizada em março deste ano, sem interessados.
O Rio Grande do Sul detém cerca de 66,23% do capital social da CEEE-G. A sociedade de economia mista possui 15 usinas próprias com potência outorgada de cerca de 990 MW, assim como diversas participações em empreendimentos de geração de energia elétrica por meio de Sociedade de Propósito Específico (SPE) e consórcios.
Com a privatização, foi outorgado um novo contrato de concessão com prazo de 30 anos de vigência. O vencedor do leilão deverá pagar ainda uma outorga de R$ 1,66 bilhão ao governo federal.
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