Sábado, 30 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 3 de agosto de 2022
Guedes completou ainda que o governo pretende taxar dividendos de ganhos acima de R$ 500 mil por mês.
Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilO ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou em um evento nesta quarta-feira (3), que o pagamento permanente de R$ 600 do Auxílio Brasil e o reajuste na tabela do imposto de renda dependem da aprovação da reforma tributária, que está parada no Congresso.
“É possível dar um auxílio de 600? Ou fazer reajuste da tabela de Imposto de Renda? A resposta já está na reforma tributária.”, disse o ministro. O Auxílio Brasil, que começa a ser pago no dia nove de agosto, terá um valor de R$ 600 até dezembro deste ano. A partir de janeiro, a princípio, o benefício passaria a ser de R$ 400.
Guedes completou ainda que o governo pretende taxar dividendos de ganhos acima de R$ 500 mil por mês. Segundo o ministro, a ideia é que um teto de ganhos de até meio milhão de reais por mês seja criado. Caso o investidor ultrapasse esse valor, uma taxa de 15% sobre o excesso será cobrada.
“Você não tem que ter vergonha de ser rico, tem que ter vergonha de não pagar imposto. Está correto, é o imperativo moral nosso. Como você emprega várias pessoas que pagam imposto e você não paga sobre de dividendos?”, afirmou Guedes.
IPI zerado
O ministro Paulo Guedes disse ainda que, após baixar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 35%, o governo pretende zerar o tributo, até o fim do ano. Guedes atribuiu ao IPI a desindustrialização do Brasil.
Ainda segundo o economista, a pasta pretende “transformar a previdência”, com a carteira verde e amarela. “Não conseguimos fazer regime de capitalização na reforma da previdência. Mas qualquer brasileiro vai ter, sem encargos trabalhistas, uma gestão privada de recursos. Essa indústria de acumulação e recursos vai precisar de educação financeira.”, disse.