Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 4 de agosto de 2022
A Selic foi elevada para 13,75% ao ano na quarta-feira
Foto: Marcello Casal Jr./Agência BrasilA decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central de elevar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, para 13,75% ao ano, foi criticada pelo presidente da Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul), Gilberto Porcello Petry.
“O Banco Central já fez seu trabalho, e acredito que o ciclo de aperto monetário deva ser encerrado. A elevação da taxa de juros no Brasil começou muito antes do que nos demais países, e sabemos que as implicações dos juros mais elevados têm impactos defasados sobre a economia. Dessa forma, as decisões do Copom tomadas ao longo dos últimos 12 meses terão efeitos sobre a atividade por diversos meses à frente. O trabalho do Banco Central já foi feito, agora é esperar. O quadro atual aponta para a desaceleração da inflação, juntamente com o aumento dos custos de crédito, postergação dos investimentos e risco de uma queda acentuada na atividade. Além disso, o cenário externo está mais favorável: o aumento nos juros e redução da atividade econômica nos países desenvolvidos deve provocar uma desaceleração do crescimento econômico global e já se observa o primeiro efeito dessa conjuntura sobre os preços das commodities, que vêm mostrando sinais de arrefecimento”, declarou Petry.
Fecomércio
O presidente da Fecomércio-RS (Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Rio Grande do Sul), Luiz Carlos Bohn, também comentou a elevação dos juros, anunciada na quarta-feira (03).
“Novo aumento na Selic, confirmando a elevação esperada. Esse foi o 12º aumento na dose desse remédio amargo que começou a ser administrado em março do ano passado para conter o processo inflacionário. Diante de um cenário cheio de incertezas, o administrador desse remédio – a autoridade monetária – tem toda sua atenção nas expectativas de inflação à frente para considerar qualquer novo ajuste na Selic. Na prática, com a taxa básica de juros já muito elevada, o crédito mais caro não apenas reduz o impulso de consumo e de investimento, mas também encarece as dívidas contraídas pelas famílias e pelos empresários, exigindo atenção ainda maior nesses tempos desafiadores”, disse Bohn.