Sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de agosto de 2022
O Brasil priorizará a estruturação da rede de diagnósticos da varíola do macaco. A informação foi dada pelo Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante evento em São Paulo sobre vacinação infantil contra poliomielite.
“A prioridade agora é estruturar rede de laboratórios, fazer isolamento e a comunicação eficiente com a sociedade para que cada um saiba as formas de contágio, sobretudo, na fase em que não tem as crostas nas bolhas que esse tipo de enfermidade causa”, disse Queiroga. Ele afirmou ainda que não se pode cometer os “mesmos erros do passado” ao discriminar pessoas que se contagiam.
O ministro disse ainda que sua Pasta tem trabalhado nesse tema desde maio, antes de a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhecer como emergência global.
“Logo no princípio, o Brasil preparou quatro dos grandes laboratórios para que esse diagnóstico pudesse ser realizado com precisão. Já ampliamos em 100%, os casos que felizmente não tem tanta gravidade assim devem ser isolados, e, assim que esses indivíduos não contagiam mais, podem retornar ao convívio na sociedade”, disse ele.
Em relação aos imunizantes, Queiroga disse que não há uma vacina específica para combater a doença. “As que estão se usando é a da varíola, Sanofi é uma das que produz, mas não tem escala. O número de vacinas é muito restrito. Trabalhamos com os demais países para conseguir essas vacinas”, informou.
Diagnóstico
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o diagnóstico da monkeypox no país é feito atualmente por meio de ensaios moleculares de PCR com metodologia desenvolvida pelo próprio laboratório de análise clínica, com base em protocolos validados. Essa forma de atuação está regulamentada e é equivalente à aplicada por diferentes países, principalmente quando ocorre epidemia por agentes etiológicos emergentes.
Novo teste
A Anvisa recebeu a segunda solicitação de registro de kit para teste para monkeypox, a varíola dos macacos. O pedido é para o produto Monkeypox Virus Nucleic Acid Detection Kit e foi apresentado pela empresa Comércio e Indústria de Produtos Médico-Hospitalares e Odontológicos Ltda (CPMH).
De acordo com a agência reguladora, o pedido foi solicitado no início do mês e já está em análise pela equipe técnica.
Anteriormente, a Anvisa já havia o pedido de registro da empresa Biomédica. A solicitação foi analisada e a reguladora emitiu exigência, que é um pedido de informações e dados necessários para a conclusão da análise pela equipe técnica.