Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 7 de agosto de 2022
Uma pequisa realizada pelo Ofcom, órgão regulador da mídia britânica, aponta que 68% dos jogadores da Premier League – o Campeonato Inglês – foram vítimas de algum tipo de assédio na rede social Twitter durante a última temporada. Dos 618 jogadores analisados, 418 receberam ao menos um tuíte ofensivo – 8% dos casos envolveram conduta discriminatória com base em características como raça ou sexo.
O órgão britânico constatou que quase 60 mil dos mais de 2,3 milhões de tuítes enviados aos atletas da Primeira Divisão inglesa durante os primeiros cinco meses da temporada foram insultuosos.
“Esses resultados jogam luz no lado sombrio do futebol”, disse Kevin Bakhurst, diretor do grupo Ofcom para transmissão e conteúdo online. “Os abusos na internet não têm lugar no esporte ou na sociedade
Cerca de metade das mensagens ofensivas foram direcionadas a apenas 12 jogadores (oito deles do Manchester United), que receberam uma média de 15 tuítes
Ainda de acordo com o relatório, o atacante português Cristiano Ronaldo e o zagueiro inglês Harry Maguire, ambos do Manchester United, são os dois que mais receberam ataques no Twitter dentre todos os jogadores da Premier League. O volante brasileiro Fred, do mesmo time, foi o sexto mais insultado.
No United há quase um ano (mas com situação indefinida atualmente), o lusitano foi mencionado em 90% de todas as mensagens dirigidas a atletas da competição e em 97% dos tuítes insultuosos. O volume de mensagens é explicado em grande parte pelos 98,4 milhões de seguidores do atacante.
Já Maguire foi alvo de uma enxurrada de mensagens ofensivas em 7 de novembro, depois de se desculpar pela derrota por 2 a 0 no derby de Manchester para o arquirrival City.
O Ofcom planeja regular o setor para trazer empresas de tecnologia no âmbito das novas leis sobre segurança na internet. O Twitter alegou ter removido mais de 38 mil tuítes ofensivos.
“Esses resultados jogam luz no lado sombrio do futebol. Os abusos na internet não têm lugar no esporte e na sociedade em geral’’, saliente Kevin Bakhurst, diretor do grupo Ofcom. “Estamos comprometidos em combater os abusos e assédios com base em raça, etnia, gênero, identidade de gênero ou orientação sexual.”
Brasil
Os jogadores que atuam em clubes do brasileiros também convivem com ataques em redes sociais. Entre os vários casos ocorridos este ano, o goleiro Cássio e o meia Willian, ambos do Corinthians, foram ofendidos e ameaçados por supostos torcedores’.
Willian também foi alvo de ataques racistas. Outro caso de racismo aconteceu em fevereiro com o jovem atacante Vitinho. Na época, ele negociava renovação de contrato com o São Paulo e foi ofendido por um torcedor porque o acordo estava difícil.