Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 12 de agosto de 2022
No Brasil, são 2.584 casos confirmados e um óbito no Estado de Minas Gerais de um paciente oncológico.
Foto: ReproduçãoNesta sexta-feira (12), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) confirmou que Porto Alegre já tem transmissão comunitária da varíola dos macacos (“monkeypox”). A comprovação foi obtida por meio de exames do Laboratório Central do Estado (Lacen) e mostra que cinco dos dez habitantes com teste positivo para a doença não se ausentaram da capital gaúcha.
A transmissão é considerada comunitária quando não é possível rastrear a origem do contágio, indicando que o vírus circula entre as pessoas independentemente de elas terem histórico recente de viagem.
Somente um paciente precisou de hospitalização, mas já se recuperou. Outros 20 casos são considerados suspeitos e estão sob investigação.
O contexto motivou a prefeitura a divulgar plano de contingência municipal para a monkeypox. O documento detalha iniciativas de atenção e vigilância em saúde, em todos os níveis de complexidade, para prevenção e enfrentamento da doença.
A Diretoria de Vigilância em Saúde enfatiza a profissionais que, no atendimento a casos suspeitos, realizem a notificação de casos que pertençam a grupos de risco (crianças, gestantes e pessoas com baixa imunidade). Para isso, é possível entrar em contato pelos telefones (51) 3289-2471 e 3289-2472, de segunda a sexta-feira (9h-17h) ou durante as 24 horas do dia por um celular de plantão.
Os pacientes com suspeita ou confirmação de monkeypox devem ser orientados quanto ao isolamento domiciliar e a não compartilhar objetos com outras pessoas, ainda que residam em um mesmo domicílio. O período de incubação é de seis a 16 dias, podendo chegar a 21 dias. Além dos cuidados com o contato, também é indicada a precaução contra gotículas respiratórias, por meio do uso de máscaras adequadas.
Sobre a doença
A varíola dos macacos é uma doença transmitida entre humanos, por meio de vírus. Ocorre principalmente por meio de contato pessoal com secreção respiratória, lesão de pele de pessoa infectada ou de objeto recentemente contaminado.
Os sintomas incluem erupções que geralmente se desenvolvem no rosto e depois se espalham por outras partes do corpo, gerando uma crosta. Quando esta desaparece, o indivíduo já não é mais vetor de transmissão – o período de incubação é de seis a 16 dias (prazo que pode chegar a 21 dias).
O diagnóstico é laboratorial, com teste molecular ou sequenciamento genético. O procedimento deve ser realizado em todos os pacientes com quadro compatível com a doença. As amostras são direcionadas a laboratórios de referência – no Rio Grande do Sul, recorre-se ao Instituto Adolf Lutz (São Paulo).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a varíola dos macacos pode ser classificada como autolimitante, ou seja: o paciente pode se curar após o período agudo da infecção. Já a gravidade varia conforme o indivíduo, sendo que na maioria dos casos não há risco de morte.