Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 17 de agosto de 2022
A China disparou mísseis ao redor de Taiwan recentemente
Foto: Reprodução de TVEm meio às fortes tensões com os Estados Unidos, a China informou, nesta quarta-feira (17), que enviará tropas à Rússia para a realização de exercícios militares conjuntos.
O anúncio foi feito pelo Ministério da Defesa chinês. De acordo com a pasta, tropas da Índia, Belarus e Tajiquistão também participarão dos exercícios, que ocorrerão em território russo. Ainda não há data confirmada para o início dos testes, mas, no mês passado, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou um plano de realizar manobras militares com países parceiros entre 30 de agosto e 5 de setembro.
A participação da China nos exercícios conjuntos “não tem relação com a atual situação internacional e regional”, afirmou o ministério em um comunicado.
As atividades fazem parte de um acordo de cooperação anual bilateral, acrescentou a pasta. Exercícios conjuntos semelhantes liderados pela Rússia envolvendo a China já foram realizados em outros anos.
“O objetivo é aprofundar a cooperação prática e amigável com os exércitos dos países participantes, aumentar o nível de colaboração estratégica entre as partes e fortalecer a capacidade de responder a várias ameaças à segurança”, disse o governo chinês.
Ucrânia
Desde o início da guerra na Ucrânia, a China tem mostrado apoio, ainda que contido, à Rússia, grande aliado do país asiático na atual geopolítica mundial. Em junho, o presidente chinês, Xi Jinping, falou ao telefone com o líder russo, em uma clara mensagem de apoio aos ataques da Rússia em território ucraniano.
Pequim também rejeitou pedidos da comunidade internacional para condenar a invasão russa ao país vizinho.
EUA
As tensões entre a China e os Estados Unidos se acirraram no início deste mês, quando a presidente da Câmara dos Deputados norte-americana, Nancy Pelosi, fez uma visita a Taiwan – ilha que o governo chinês reivindica como parte do seu território. Já o governo local quer a independência.
Pequim considerou a visita como uma provocação dos Estados Unidos, que mantêm uma política de ambiguidade em relação à ilha. Desde então, aviões e navios chineses têm feito exercícios militares constantes ao redor de Taiwan com inúmeras invasões ao espaço aéreo da ilha.