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Política Polícia diz ao Supremo que Bolsonaro cometeu incitação ao crime quando associou vacina da Covid à Aids

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O presidente teria disseminado, de forma livre, voluntária e consciente, informações que não correspondiam ao texto original de sua fonte.

Foto: Foto: Youtube/Reprodução
O presidente teria disseminado, de forma livre, voluntária e consciente, informações que não correspondiam ao texto original de sua fonte. (Foto: Youtube/Reprodução)

A Polícia Federal (PF) afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o presidente Jair Bolsonaro cometeu incitação ao crime ao associar a vacina contra a Covid-19 ao risco de desenvolver Aids. A relação que o presidente fez não corresponde à verdade. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e outras autoridades de saúde já esclareceram que as vacinas não trazem doenças. Pelo contrário, evitam contaminação.

Bolsonaro fez a associação falaciosa entre vacina da Covid e risco de desenvolver Aids em uma live nas redes sociais no dia 22 de outubro do ano passado. No relatório enviado ao STF, a PF escreveu que a conduta de Bolsonaro levou os espectadores da live a descumprir normas sanitárias estabelecidas pelo próprio governo. Nesse caso, tomar a vacina.

A delegada Lorena Lima Nascimento, responsável pelo caso, pediu autorização do STF para indiciar Bolsonaro e o ajudante de ordens tenente Mauro Cid , que ajudou o presidente produzir o material divulgado na live.

Bolsonaro citou na live supostos relatórios oficiais do Reino Unido. Para a PF, o presidente “disseminou, de forma livre, voluntária e consciente, informações que não correspondiam ao texto original de sua fonte, provocando potencialmente alarma de perigo inexistente aos espectadores”.

No Código Penal, incitação ao crime é conduta ilegal que pode dar prisão de três a seis meses. A PF pede ainda que seja autorizada a tomada de depoimento de Bolsonaro.

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