Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 17 de agosto de 2022
Os dois, que são adversários na disputa pela Presidência, ficaram em cantos opostos do local, reservado para autoridades.
Foto: ReproduçãoO presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, segundo fontes, aguardaram na mesma sala o início da cerimônia de posse de Alexandre de Moraes na presidência do tribunal.
Os dois, que são adversários na disputa pela Presidência, ficaram em cantos opostos do local, reservado para autoridades. A sala, segundo um interlocutor do tribunal, estava cheia. Eles não se encontraram, mas os presentes observaram que Lula era mais procurado que Bolsonaro para conversas.
Lula chegou acompanhado do candidato a vice em sua chapa, Geraldo Alckmin (PSB), e da ex-presidente Dilma Rousseff. Também estavam na comitiva a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e o ex-ministro José Eduardo Cardozo. Bolsonaro entrou acompanhado da esposa, Michelle.
Lula e a também ex-presidente Dilma Rousseff não aplaudiram a entrada de Bolsonaro no plenário do Tribunal. Os dois, Temer e Sarney não se levantaram na entrada do presidente da República.
Alckmin e Carlos Bolsonaro
Segundo relatos, Lula estava rouco e explicava que a situação era resultado dos discursos que havia feito em São Paulo. Candidato a vice na chapa de Lula, Geraldo Alckmin (PSB) também estava na posse. Sentou-se, durante a cerimônia, ao lado do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente da República.
Ao final do evento, no caminho do aeroporto, o ex-governador de São Paulo comentou que, nas vezes em que levantou-se e aplaudiu a fala do novo presidente do TSE, Carlos Bolsonaro, a seu lado, se mantinha imóvel, sem esboçar reação ao discurso do ministro do tribunal.
Encontro com Barroso
O ex-presidente Lula também se encontrou, durante a posse de Alexandre de Moraes na presidência do TSE, com o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, relator da decisão que barrou o petista nas eleições de 2018. À época, o ministro integrava o Tribunal Superior Eleitoral. Interlocutores de Lula afirmaram que houve olhares estranhos entre os dois.