Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de agosto de 2022
Alegação é a de que o presidente teria cometido abuso de poder político durante encontro com embaixadores.
Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilO PDT, partido que tem o ex-ministro Ciro Gomes como candidato à Presidência da República, protocolou, nesta sexta-feira (19), uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.
No documento, o partido apresentou um pedido pela inelegibilidade de Bolsonaro e do vice em sua chapa, o general Walter Braga Netto (PL). A alegação é a de que Bolsonaro teria cometido abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante encontro com embaixadores, em 18 de julho, no qual o mandatário levantou suspeição sobre o processo eleitoral brasileiro, criticou o sistema eletrônico de votação e atacou ministros de cortes superiores.
Transmissão ao vivo
O evento foi transmitido ao vivo pela EBC (Empresa Brasileira de Comunicação) e pelas redes sociais do presidente. A sigla de Ciro Gomes também pede que o TSE determine que Facebook e Instagram retirem do ar os vídeos do episódio. O conteúdo já não está mais no YouTube por decisão da plataforma.
“No caso em apreço, o Senhor Jair Messias Bolsonaro, valendo-se de sua condição funcional realizou reunião com os embaixadores de países estrangeiros residentes no Brasil para falar sobre as eleições deste ano, especificamente para atacar a integridade do processo eleitoral com fake news”, diz o texto.
“Não se faz necessário empreender esforços desmedidos para vislumbrar que o Senhor Jair Messias Bolsonaro desvirtuou a realização do ato para propagar seu programa de campanha, que dentre poucas coisas, abarca os ataques à integridade do processo eleitoral como principal sustentáculo de discurso. Isso dito, não há como não perceber a presença de laços inquebrantáveis da conduta do ora Investigado com as Eleições 2022, no que não se pode, bem por isso, permitir a desvirtuação da atuação legítima estatal para confortar ânimos eleitorais e escusos do Chefe de Estado”, continua.