Domingo, 12 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de agosto de 2022
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu nesta sexta-feira (19) um pedido da Pfizer para autorização de uso emergencial de uma nova vacina contra covid. O imunizante é do tipo bivalente: sua fórmula tem base em uma mistura de duas “versões” do Sars-Cov-2: a cepa original, usada na vacina Comirnaty, e a cepa ômicron, subvariante BA.1.
“Apesar da versão atual da vacina contra covid-19 ter consistentemente demonstrado possuir altos níveis de efetividade, protegendo contra hospitalizações e morte em relação tanto ao tipo selvagem, como também às novas variantes de preocupação, a Pfizer tem como premissa sempre buscar novas frentes de abordagem para luta contra pandemia”, declarou a empresa em nota.
A proposta da empresa é que a nova vacina seja utilizada como dose de reforço para a população acima de 12 anos.
Ainda de acordo com o comunicado, a tecnologia empregada na fabricação das vacinas permite atualização rápida das formulações, o que possibilitará, em breve, uma versão atualizada da vacina também para as subvariantes BA.4/BA.5.
A vacina Comirnaty, já registrada pela Pfizer e em uso no Brasil, desde 23 de fevereiro de 2021 é indicada para imunização da faixa etária a partir de 5 anos de idade. Atualmente, há um pedido de ampliação de uso desta vacina para crianças entre 6 meses e 4 anos, que foi apresentado à Anvisa em 1º de agosto deste ano e ainda está em análise. A data de chegada da vacina ao Brasil dependerá da análise regulatória, bem como da definição junto ao Ministério da Saúde.
Moderna
Na última segunda-feira (15), a agência reguladora de medicamentos (MHRA, na sigla em inglês) do Reino Unido aprovou o uso da vacina da Moderna, que também é ambivalente, e será usada como dose de reforço para adultos.
A versão atualizada do imunizante será usada como dose de reforço para adultos. A vacina da Moderna não é aplicada no Brasil.
Segundo nota da MHRA, a vacina desencadeou uma forte resposta imune contra as duas variantes e contra as subvariantes BA.4 e BA.5 da ômicron.
A nova versão consiste em uma dose de reforço bivalente – metade protege contra a cepa original do vírus e a outra metade contra a ômicron.
June Raine, CEO da MHRA, reforçou que a primeira geração de vacinas continua a fornecer proteção importante contra a covid e completou que a vacina bivalente dá uma “ferramenta afiada no arsenal para ajudar a nos proteger contra essa doença à medida que o vírus evolui”.
Na semana passada, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) anunciou que uma vacina contra covid da Pfizer/BioNTech contra duas subvariantes da ômicron, a BA.4 e a BA.5, pode ser aprovada nos próximos meses.