Sexta-feira, 10 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de agosto de 2022
Com os investidores mais cautelosos em relação ao futuro da política monetária a ser adotada pelo Federal Reserve (Fed, o BC americano), os principais índices acionários caíram nesta sexta-feira (19), incluindo o Ibovespa, que cedeu 2,04%, aos 111.496,21 pontos após quatro semanas de ganhos. O dólar também teve leve queda, mas fechou perto da estabilidade, cotado a R$ 5,16.
A cautela vem após declarações de dirigentes do Fed sinalizando preocupação com a inflação nos Estados Unidos como justificativa para defender uma elevação de 0,75 ponto porcentual nos juros do país, e não de 0,50.
A retração do principal índice da B3 desta sexta foi apenas a terceira do mês, em 15 sessões até aqui em agosto – as perdas ocorreram logo no dia 1º, e depois em 11 de agosto e nesta sexta-feira. Tendo fechado a sessão de quinta (18) com ganho de 10,32% no mês, o Ibovespa aparou nesta sexta o avanço de agosto a 8,08%, cedendo 1,12% na semana, resultante da correção deste pregão. No ano, porém, sobe 6,37%.
“Lá fora, ainda há preocupação com a inflação, temores em relação ao ajuste de juros nas maiores economias, com a sensação de que esses BCs podem ainda estar atrás da curva, mesmo com a recente melhora vista nos índices de preços. Hoje, por sinal, a inflação ao produtor na Alemanha pesou, contribuindo para a cautela, essa aversão a risco desde o exterior, na sessão”, observou o analista da Finacap Felipe Moura.
A correção nesta sexta na B3 se espalhou pelas ações e segmentos de maior peso no índice, como commodities e financeiro. Destaque para Petrobras, que ontem havia sustentado a leve alta do Ibovespa, e nesta sexta acentuou perdas ao longo da tarde, encerrando o dia com quedas de ações ordinárias em 4,07% e de 5,06% de preferenciais. Entre os grandes bancos, as perdas na sessão chegaram a 1,84% do Banco do Brasil em ações ordinárias.
Câmbio
O dólar teria registrado alta significativa nos negócios desta sexta, não fossem os ingressos de recursos externos ao País. Em vez disso, a moeda americana terminou o dia em perto da estabilidade, com leve sinal de baixa, na contramão da tendência predominante no mercado internacional.
O fluxo claramente positivo amenizou a pressão compradora ao longo de todo o dia e o que se viu foi um movimento de alta moderada na maior parte do tempo. No exterior, em contrapartida, o dia foi de busca firme por proteção, com queda das bolsas e fortalecimento do dólar ante as divisas em geral.
Ao final da sessão de negócios, o dólar à vista terminou cotado a R$ 5,1680, com baixa de 0,08%. Na máxima do dia, a divisa chegou aos R$ 5,2195 (+0,92%). Na mínima, registrada já nos minutos finais de negociação, bateu R$ 5,1665 (-0,11%).
O Dollar Index (DXY), que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis moedas fortes, subia 0,56%.