Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 19 de agosto de 2022
A Ucrânia afirmou nesta sexta-feira (19) que as forças russas planejam desligar os blocos de energia em funcionamento na usina nuclear de Zaporizhzhia – a maior planta nuclear da Europa – e desconectá-los da rede elétrica ucraniana.
Em um comunicado, a empresa de energia elétrica ucraniana Energoatom disse acreditar que a Rússia prepara um ataque “em grande escala” no planta, onde há risco de um acidente nuclear sem precedentes, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
As tropas russas ocupam a usina, uma das mais potentes do mundo, desde março. Mas, nas últimas semanas, a planta começou a sofrer bombardeios, o que elevou o risco de um acidente nuclear. Moscou e Kiev se acusam mutuamente pela autoria dos ataques, o que complica uma missão da ONU para interromper os bombardeios.
Na última quinta-feira (18), Moscou afirmou que um acidente nuclear em Zaporizhzhia pode cobrir a Alemanha, a Polônia e a Eslovênia de radioatividade. No mesmo dia, o diretor-geral da ONU, Antonio Guterres, foi à Ucrânia para debater soluções para a usina e se reuniu com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, na sigla em inglês) também já alertou para “um risco muito real de desastre nuclear”. Ainda segundo a agência, esta é a primeira vez em que há uma guerra em um país com uma rede de de energia nuclear potente e bem estabelecida.
A usina de Zaporizhzhia é responsável por cerca de 20% da energia elétrica da Ucrânia.
Missão
Após intensas negociações para tentar evitar uma catástrofe nuclear, o presidente russo, Vladimir Putin, aceitou que a IAEA envie uma missão especial à usina nuclear de Zaporizhzhia.
A planta, a maior da Europa, foi ocupada em março por tropas russas. Mas, nas últimas semanas, começou a sofrer bombardeios, o que elevou o risco de um acidente nuclear. A IAEA apontou na semana passada que o risco de um acidente nuclear na usina é muito alto, o que gerou fortes preocupações entre a comunidade internacional.
Putin concordou com a visita da IAEA durante uma conversa por telefone nesta sexta com o presidente francês, Emmanuel Macron, que expressou preocupação. Moscou afirmou que um acidente nuclear em Zaporizhzhia pode cobrir a Alemanha, a Polônia e a Eslovênia de radioatividade.
Moscou e Kiev se acusam mutuamente pela autoria dos ataques à usina, o que complica uma a tentativa da ONU para interromper os bombardeios.