Quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de agosto de 2022
Problemas para dormir, tontura, cansaço, falta de ar, náusea e até depressão podem ser sintomas de doenças cardiovasculares. A Associação Americana do Coração publicou um estudo que destaca os sintomas mais relatados em casos dessas doenças – alguns que não são tão comumente associados a elas. As seis condições consideradas no estudo são ataque cardíaco, doença valvular cardíaca, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral (AVC), arritmia cardíaca e doença venal e arterial periférica (DVP e DAP).
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte nos Estados Unidos e no mundo e seus sintomas podem ser difíceis de identificar e monitorar quando não são frequentemente relacionados a esses quadros clínicos. É fácil desconfiar de um ataque cardíaco quando se sente dor no peito, mas conhecer outros sinais associados à condição pode fazer a diferença na hora de conseguir um diagnóstico eficaz e tratamento na hora certa.
Dados de pesquisas nos Estados Unidos mostram que pessoas com doenças cardíacas têm a ocorrência de depressão cerca de duas vezes maior em comparação com pessoas sem qualquer condição médica. O estudo da Associação Americana do Coração destaca que pessoas com dor torácica persistente, insuficiência cardíaca, sobreviventes de acidente vascular cerebral e indivíduos com doença arterial periférica comumente apresentam depressão ou ansiedade.
Os pesquisadores alertam para o fato de que alterações nas funções cognitivas e a presença da depressão ao longo de qualquer doença cardiovascular podem influenciar a capacidade de uma pessoa de perceber seus sintomas. “Monitorar e medir os sintomas com ferramentas que considerem adequadamente a depressão e a função cognitiva podem ajudar a melhorar o atendimento ao paciente, identificando mais rapidamente as pessoas que podem estar em maior risco”, conta Corrine Jurgens.
Antes de se preocupar com a possibilidade de problemas cardiológicos, é preciso saber que é importante considerar o contexto do paciente no que diz respeito a fatores de risco. “A interpretação de qualquer sintoma é baseada na probabilidade do indivíduo de desenvolver aquela doença. Esse tipo de generalização é fácil de fazer em termos de saúde coletiva, mas é preciso considerar diversos fatores”, ressalta Danilo.
Os fatores de risco, explica, são divididos entre não modificáveis, como a predisposição genética e a idade, e modificáveis, causados por hábitos como o tabagismo, consumo de álcool, padrões de sono irregulares, altos níveis de estresse, obesidade e alimentação não balanceada; que podem ser transformados para uma vida mais saudável.
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