Sábado, 08 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de novembro de 2015
A China tem hoje quase “um Canadá” de homens a mais que mulheres. Essa diferença supera 33 milhões de pessoas, segundo informações divulgadas pela imprensa chinesa. O país tem, atualmente, a taxa de desigualdade de gênero no nascimento mais alta do mundo, de acordo com uma análise divulgada, em 2014, pelo Unicef China (braço das Nações Unidas para a infância).
“Dados do censo indicam que a taxa que indica a proporção entre gêneros começou a ultrapassar a média global nos anos 1980 e vem crescendo constantemente desde então, passando de 109 homens nascidos para cada 100 mulheres em 1982 para 118 em 2010″, diz o documento do Unicef.
Especialistas atribuem esse desequilíbrio ao aborto e ao abandono de meninas por um período longo de tempo.
A década de 1980 é, justamente, a que viu ser estabelecida, na China, a política de filho único, em que a regra geral é permitir apenas um filho por casal. Exceções permitem mais de um filho, por exemplo, a depender do local de moradia da família (se na área rural ou urbana) e do número de irmãos dos pais da criança. Na semana passada, o Partido Comunista Chinês anunciou que iria acabar com essa tão controversa política, autorizando dois filhos por casal como regra geral.