Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 13 de setembro de 2022
Principal símbolo dos festejos farroupilhas, a Chama Crioula será acesa nesta quarta-feira (14) nas sedes do governo do Rio Grande do Sul e da prefeitura de Porto Alegre, além da Assembleia Legislativa e Câmara de Vereadores. A centelha foi gerada em agosto na cidade de Canguçu (Sudoeste do Estado) e conduzida por cavalarianos ao longo de 278 quilômetros até a Capital, passando por 30 regiões tradicionalistas.
A chegada ao Palácio Piratini está prevista para as 9h. Em solenidade no hall de entrada do prédio histórico, a chama será entregue ao governador Ranolfo Vieira Júnior, que por sua vez acionará o candeeiro. Participarão da cerimônia representantes das cúpulas de órgãos como Secretaria Estadual da Cultura (Sedac) e da Comissão dos Festejos de 2022.
Em seguida, às 9h30min, será a vez da Assembleia Legislativa ser incluída no roteiro, com o acendimento da Chama Crioula em seu Vestíbulo Nobre. A cerimônia será transmitida pelo site oficial al.rs.gov.br, rádio e TV do Parlamento gaúcho.
Já no Executivo municipal, o prefeito Sebastião Melo receberá o archote às 10h15min, no Paço Municipal – antiga sede administrativa, ao lado do Mercado Público. Quem fará as honras é o comando do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). Em seguida, o grupo de gaúchos e suas montarias seguirão para a Câmara de Vereadores.
Vale lembrar que no Parque da Harmonia, a Chama Crioula já arde desde o dia 7, quando chegou ao local também pelas mãos de cavalarianos ligados ao MTG nos bairros Belém Novo, Partenon e Lomba do Pinheiro. Eles chegaram ao Paço Municipal, de onde conduziram o archote para a abertura oficial do Acampamento Farroupilha, que prossegue até o dia 20.
Origens do ritual de acendimento
De acordo com o MTG, o ritual de acendimento da Chama Crioula remonta à noite de 7 de setembro de 1947, com os jovens tradicionalistas Cyro Dutra Ferreira, Fernando Machado Vieira e João Carlos Paixão Côrtes (folclorista que inspirou a estátua do Laçador).
A cavalo, eles guardavam a Pira da Pátria, que na época ficava no Parque da Redenção, próximo à esquina da avenida João Pessoa com a rua Luiz Afonso (bairros Cidade Baixa/Farroupilha). No momento da extinção do Fogo Simbólico da Pátria, o trio foi chamado para a retirada da centelha, conforme acertado com a Liga de Defesa Nacional.
Paixão Côrtes (1927-2018) subiu então em uma escada com um archote improvisado em cabo de vassoura, envolto por estopa embebida em querosene e presa por arames, para acender solenemente aquela que seria eternizada na história como a primeira Chama Crioula. A informação consta no site oficial mtg.org.br.
(Marcello Campos)