Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 26 de setembro de 2022
O Brasil é considerado um país com matriz de energia limpa. Mas os investidores já vão além das hidrelétricas e miram alternativas para aumentar a oferta com outras fontes renováveis, como eólica e solar. Em 2023, elas vão responder por mais de 90% do aumento previsto de geração de energia.
Mas o que pode fazer o Brasil deslanchar de vez e se tornar uma potência neste segmento? Segundo especialistas, a receita para alcançar um novo patamar inclui ingredientes que vão desde o foco na política ambiental, passando por questões regulatórias, como o equilíbrio entre o mercado regulado (no qual se compra energia de uma distribuidora) e o mercado livre (onde se negocia diretamente com o gerador), além de atrair mais capital estrangeiro.
Com condições de insolação e vento sem igual no mundo, o Brasil pode trabalhar para atrair empresas de energia eólica e solar, facilitando a entrada de novas tecnologias no país. O hidrogênio verde será outra janela de oportunidade para investimentos.
Por poder fornecer energia mais acessível, o Brasil também pode atrair empresas de outros segmentos pela garantia de eletricidade limpa e barata. É via para impulsionar a economia, crescendo em qualificação de produto, de mão de obra e em nível de renda.
Com energia mais barata, o mercado livre avança como plataforma de comercialização de energia paralela, com crescente demanda do setor produtivo. De outro lado, isso faz a conta paga por quem tem de consumir do mercado regulado aumentar.
Termelétricas foram contratadas no leilão emergencial para garantir fornecimento de energia após a crise hídrica. Com preço mais alto, elas têm prioridade no uso da rede de transmissão, com gargalo em linhas, à frente da geração mais barata vinda de solares e eólicas.
Com crescentes barreiras ambientais como filtro na seleção de destinos e projetos para investimento estrangeiro, é preciso ter uma política clara em meio ambiente. Fiscalizar a cadeia que atua em licenciamento pode trazer mais transparência e alavancar negócios.
Mais de 90% do aumento da geração de energia prevista no Brasil virão de fontes solar e eólica em 2023, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Juntas, elas vão responder por 10,97 gigawatts (GW) de um total estimado em 12,14 gigawatts. As informações são do jornal O Globo.