Segunda-feira, 18 de novembro de 2024
Por Flavio Pereira | 3 de outubro de 2022
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A definição do segundo turno no Rio Grande do Sul entre Onyx Lorenzoni (PL) e Eduardo Leite (PSDB) zera a campanha eleitoral, e permite uma leitura dos bastidores que marcaram as campanhas até aqui. Aqui, os institutos de pesquisa mais uma vez erraram: o eleitor definiu o inverso, colocando Onyx na frente de Eduardo Leite. O mesmo pode ser dito em relação a Jair Bolsonaro, que enfrentando uma campanha desleal de seus adversários, chega ao segundo turno em meio a uma enxurrada de pesquisas tendenciosas e narrativas que tentavam induzir o eleitor para eleger já no primeiro turno, o candidato da esquerda.
Segundo turno no RS terá Direita x Esquerda
O segundo turno no Rio Grande do Sul, terá de um lado Onyx Lorenzoni, apoiado por Jair Bolsonaro, de outro, Eduardo Leite, que precisará contar com o apoio das esquerdas para derrotar o candidato liberal.
Mudanças na foto da Assembleia
A Assembleia Legislativa terá uma renovação importante. A começar pelo deputado estadual campeão de votos: o colega jornalista Gustavo Victorino (Republicanos) com 112.919 votos. O Republicanos terá cinco deputados, assim como o PL que também terá uma bancada de cinco deputados. A novidade é que o comando da Assembleia Legislativa será dividido entre PT, MDB, PP, PL e Republicanos nos próximos quatro anos.
O desmonte do Teatro das Tesouras
Os resultados das eleições deste domingo mostraram mais uma vez erros grosseiros de pelo menos 13 dos 15 institutos que divulgaram pesquisas com números que beiram a má-fé. Uma coligação que reuniu um consórcio de imprensa destinado a distorcer notícias, alinhado com institutos de pesquisa, e com o partido da judicialização, acabou derrotada ontem. Os percentuais atribuídos ao presidente Bolsonaro, que buscavam induzir a uma vitória no primeiro turno do ex-presidiário Lula, não funcionaram. O mesmo aconteceu no Rio Grande do Sul, onde o esforço para induzir a retirada de Onyx Lorenzoni (PL) do segundo turno acabou num resultado inverso: Onyx terminou em primeiro e Eduardo Leite, o preferido do Teatro das Tesouras, acabou disputando a vaga do segundo turno com Edegar Pretto (PT) até o último voto. Para o Senado, a mesma situação: o general Hamilton Mourão (Republicanos) derrotou o esforço dessa coligação de interesses que tentou a todo custo colocar no Senado o Cavalo de Troia representado por Olívio Dutra. Era uma candidatura que pretendia colocar no Senado os suplentes do PSOL e do PT sob a denominação de “candidatura comunitária”. O eleitor não se submeteu às falsas narrativas desses conhecidos setores da imprensa e optaram por Mourão.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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