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Economia Banco Central está fazendo uma ampla fiscalização de olho em fraudes na abertura digital de contas

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Maior preocupação do BC é que o processo digital tenha brechas para o cadastro de contas fraudulentas

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Banco Central está fazendo uma ampla fiscalização no sistema financeiro, de olho em fraudes cometidas devido a fragilidades na abertura digital de contas. A preocupação do BC é que o processo digital tenha brechas para o cadastro de contas fraudulentas. Essas contas são usadas em crimes envolvendo o Pix, por exemplo.

Nesse caso, são abertas com documentos de terceiros para servirem como caminho de “escoamento” do dinheiro roubado, em geral via sucessivas transações. Outros crimes também usam esse tipo de conta. Iniciado no fim de agosto, o pente fino é feito em todo o mercado e envolve pedido de envio de informações de todas as contas fraudadas desde janeiro de 2021. Essa etapa de fiscalização está perto da finalização.

Fragilidade estaria em autenticação

Desde 2020, contudo, o Banco Central permite que cada instituição financeira defina quais os documentos serão exigidos para identificar e qualificar o titular da conta e os controles adotados para verificar sua autenticidade. Para parte dos agentes, pode haver fragilidades nesse processo.

Bancos atestam dados

O BC permite a abertura de contas de forma digital, sem que o cliente tenha de ir a uma agência, há cerca de seis anos. No processo, cabe aos bancos e fintechs atestarem que quem está pedindo a abertura é de fato o dono da documentação utilizada por meio de comprovações de identidade, com o envio de fotos.

Alternativa

Não há uma definição sobre os desdobramentos da fiscalização. Parte do mercado diz que faria mais sentido ampliar o acompanhamento. Outros afirmam que pode haver um aperto nas normas de abertura de conta, que também valeria para todos os agentes.

Generalizado

A sinalização do BC é que a fiscalização, daqui em diante, será mais rígida. Como há fraudes a partir de contas tanto em fintechs quanto em bancos, o setor tem debatido propostas e enviado sugestões ao BC para detê-las.

Faz parte

Questionado, o BC disse apenas que fiscaliza “continuamente os entes regulados” e que não iria comentar sobre as demandas de endurecimento de regras para abertura digital de contas e sobre a criação de novas normas.

Bancões

Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) não comenta a fiscalização. A entidade diz que as regras atuais, “se corretamente seguidas”, reduzem os riscos de fraude. Segundo ela, as instituições analisam documentos originais, conferem a assinatura e avaliam a foto com a pessoa na agência, e fazem o mesmo com o conteúdo e documentos por meio de sistemas e equipes especializados.

Entrantes

Já a Zetta, que representa as empresas de tecnologia com braços financeiros, afirmou, em nota, que as fiscalizações do BC são rotineiras e as normas atuais já regulamentam os mecanismos submetidos a todas as instituições financeiras e de pagamento. Disse ainda que as fintechs estão entre as instituições mais avançadas do País no uso de tecnologia para segurança digital.

No telhado

Clientes brasileiros do Credit Suisse têm demonstrado preocupação com a crise do banco. Investidores e clientes endinheirados têm procurado executivos do banco para saber sobre a situação financeira do grupo e dos rumos da operação brasileira, após as ações do Credit caírem para mínimas históricas e o Credit Default Swap (CDS), espécie de seguro que protege contra calotes, superar os níveis da crise financeira mundial de 2008.

Segue o jogo

O comando do Credit Suisse no Brasil tem afirmado aos clientes que a instituição está financeiramente saudável e os negócios seguem normalmente. Os indicadores de capital da filial brasileira estão superiores aos dos concorrentes, e a operação local não precisa de capital da matriz.

Perde

Entre os planos do Credit, segundo a imprensa suíça, estaria a venda da operação de gestão de fortunas na América Latina, mas não no Brasil. Por aqui, não se acredita que a venda da operação na região sem o País atrairia interessados.

Acéfalo

A americana Unitedhealth Group, dona da Amil no Brasil, não terá mais presidente localmente, mas mantém interesse em ficar no País. O CEO atual, José Carlos Magalhães, está se aposentando. Não haverá um substituto. Os responsáveis pelas unidades Amil, Amil Cuidados Integrados, Planos Individuais, Amil Dental e Americas passam a se reportar à CEO da Unitedhealthcare Global, Mary Murley.

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https://www.osul.com.br/banco-central-esta-fazendo-uma-ampla-fiscalizacao-de-olho-em-fraudes-na-abertura-digital-de-contas/ Banco Central está fazendo uma ampla fiscalização de olho em fraudes na abertura digital de contas 2022-10-05
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