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Mundo Mais de 200 baleias morrem encalhadas na Nova Zelândia

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No final de setembro, mais de 200 baleias-piloto morreram encalhadas na Tasmânia. (foto: Reprodução)

Grupo de 215 baleias-piloto foi encontrado em praia das remotas Ilhas Chatham. Animais que ainda estavam vivos foram sacrificados por equipe treinada. Salvamento dos sobreviventes seria arriscado demais.

As baleias-piloto que morreram encalhadas estavam a cerca de 840 quilômetros da Ilha Sul da Nova Zelândia, informaram ambientalistas neste sábado (8). “Esses encalhes em massa são eventos angustiantes, e embora sempre esperemos que as baleias sobreviventes possam ser salvas, isso não era uma opção neste caso”, disse o grupo ambientalista Project Jonah.

Muitas das baleias-piloto foram encontradas mortas, enquanto as que ainda estavam vivas foram sacrificadas por funcionários do Departamento de Conservação da Nova Zelândia. “As baleias sobreviventes foram sacrificadas por uma equipe treinada com o objetivo de evitar mais sofrimento” aos animais, informou por e-mail Brian McDonald, assessor de comunicação do Departamento de Conservação.

A decisão foi atribuída aos “desafios” e “perigos” de uma operação no local onde os mamíferos foram encontrados, num ponto de difícil acesso no noroeste das Ilhas Chatham, no Oceano Pacífico e onde residem menos de 800 pessoas. “Nós não salvamos ativamente as baleias nas Ilhas Chatham devido ao risco de ataque de tubarão tanto para humanos quanto para as próprias baleias”, explicou McDonald.

Os encalhes de baleias não são incomuns nas Ilhas Chatham, com o maior evento registrado em 1918, quando mais de mil animais morreram encalhados.

No final de setembro, mais de 200 baleias-piloto morreram após encalharem em uma ilha remota na Tasmânia, no sul da Austrália, no mesmo ponto em que outros 370 exemplares perderam a vida dois anos antes.

Esses e outros mamíferos marinhos costumam frequentemente encalhar nas costas do sul da Austrália e da Nova Zelândia sem que especialistas tenham conseguido esclarecer os motivos, embora geralmente os atribuam a doenças, erros de navegação, mudanças bruscas de maré, perseguição de predadores ou condições climáticas extremas.

Ameaça invisível

Pesquisadores estão descobrindo o tamanho do impacto dos ruídos humanos na vida oceânica — mas existem formas surpreendentemente simples de lidar com essa espécie menosprezada de poluição.

Logo após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, um enorme silêncio caiu sobre a América do Norte, dentro e fora d’água.

Muitas pessoas deixaram de viajar de avião, o que era compreensível. Mas o tráfego de navios também caiu significativamente, mesmo em regiões mais ao norte, como na baía de Fundy, no Canadá — o que fez com que o ruído subaquático da baía caísse em incríveis seis decibéis, com redução significativa dos sons abaixo de 150 Hz.

A região é frequentada pelas baleias-francas-do-atlântico-norte, o que levou cientistas da Universidade Duke, nos Estados Unidos, a estudar se as águas mais calmas tiveram algum impacto sobre esses mamíferos gigantes. E, depois de analisar seu material fecal em busca de hormônios do estresse, eles concluíram que a redução do ruído oceânico de origem humana estava causando níveis de estresse mais baixos.

Animais marinhos como as baleias usam o som para fazer de tudo, desde comunicar-se e viajar até procurar alimento e encontrar ambientes seguros.

“O som viaja mais rápido e mais longe na água que no ar e os animais marinhos se aproveitam disso”, afirma Lucille Chapuis, ecologista sensorial da Universidade de Exeter, no Reino Unido.

Mas isso também significa que o zumbido quase constante da poluição sonora subaquática, como o causado pelo tráfego dos navios, pode prejudicar muito o seu modo de vida. “Nos últimos 50 anos, o aumento da navegação fez crescer em 30 vezes o ruído de baixa frequência existente ao longo das principais rotas marítimas”, afirma Chapuis.

Imagine seu vizinho no andar de cima reformando seu apartamento e você em uma importante apresentação profissional em uma chamada de vídeo. Você terá muita dificuldade para ouvir e comunicar-se com seus colegas para fazer um trabalho adequado.

É isso que os animais marinhos que vivem ou migram perto dos ruídos humanos precisam suportar na maior parte do tempo.

Há décadas, cientistas de todo o mundo vêm estudando o impacto que esses ruídos podem causar sobre os animais marinhos. Agora, eles estão começando a identificar medidas que, se forem amplamente adotadas, poderão salvar muitas espécies dos impactos dessa poluição menosprezada.

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https://www.osul.com.br/mais-de-200-baleias-morrem-encalhadas-na-nova-zelandia/ Mais de 200 baleias morrem encalhadas na Nova Zelândia 2022-10-08
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