Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 8 de outubro de 2022
A filha de Xuxa Meneghel, Sasha Meneghel caiu em um golpe de Francisley Valdevino da Silva, conhecido como “Sheik dos Bitcoins”, e perdeu 1,2 milhão de reais em investimentos fraudulentos. De acordo com a Polícia Federal, a modelo aplicou seu dinheiro em criptomoedas, mas não teve nenhum retorno, já que os valores eram desviados para compra de imóveis caros, barcos e diversos outros artigos de luxo.
Em nota, a defesa de Sasha afirmou que ela e o marido, João Figueiredo, foram vítimas de um caso de má-fé.
“É preciso diferenciar o que é cripto e o que é pirâmide, golpe. Investimento em criptomoedas é uma tendência mundial e o Brasil tem sido destaque, isso é inegável”, diz nota assinada pelos advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso
A defesa disse entender que o processo terá repercussão do ponto de vista penal, civil e pedagógico. “Quem tiver interessado em atrair vítimas em golpes a partir de pseudo investimentos em criptoativos saberão que a lei é rigorosa”, afirmou.
Além do casal, jogadores de futebol que não tiveram os nomes informados também foram vítimas dos golpes, conforme a polícia.
Em nota, Francisley disse que “está à disposição para esclarecimentos à polícia”.
Na última semana, em conjunto com Receita Federal, Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo) e Ministério Público Federal, a Polícia Federal realizou uma grande operação intitulada Operação Octopus, cujo objetivo era desestruturar a organização criminosa comandada por Francisley Valdevino da Silva.
No total, foram cumpridos 45 mandados de busca e apreensão e 36 mandados de prisão, dos quais 22 eram de prisão temporária e 14 de prisão preventiva. Aproximadamente 250.000 dólares em criptomoedas foram apreendidos, além de carros de luxo, dinheiro em espécie e joias, que ainda estão sendo contabilizados.
Os suspeitos vão responder por crimes contra o sistema financeiro, como lavagem de dinheiro, sonegação tributária, evasão de divisas, falsidade ideológica, descaminho e organização criminosa, entre outros delitos apurados ao longo da investigação. As ordens de busca foram expedidas pela 23ª Vara Federal de Curitiba.
Segundo a polícia, o grupo é suspeito por fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas, com vítimas no Brasil e no exterior. Os investigados movimentaram, no Brasil, até R$ 4 bilhões com as fraudes.