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Por Redação O Sul | 16 de outubro de 2022
O menino de 3 anos que foi baleado pelo irmão gêmeo com a arma do pai, em Macapá, morreu na madrugada deste sábado (15), após 23 dias internado. O caso aconteceu no dia 22 de setembro, na casa da família. Desde que foi ferido, ele estava em estado grave no Hospital da Criança e do Adolescente (HCA).
A morte foi confirmada pelo Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes) no início da tarde.
A Polícia Civil não abriu um inquérito para apurar as responsabilidades do disparo contra o menino, porque, segundo o órgão, o autor tem 3 anos, e não poderia ser investigado. Ainda no mês passado, o pai foi ouvido e assinou termo circunstanciado de ocorrência por omissão de cautela.
Regiane Cunha, conselheira tutelar da Zona Norte de Macapá, informou que foi notificada da morte do menino e que vai seguir acompanhando o caso.
“Vamos continuar acompanhando o caso, acompanhando a outra criança que ficou com a família, acompanhando toda a família, principalmente a nossa psicóloga”, disse.
O disparo
O acidente aconteceu na casa da família, na Zona Norte de Macapá, na tarde de 22 de setembro. De acordo com a Polícia Militar, o irmão gêmeo da vítima pegou a arma do pai e fez o disparo acidental. Ainda segundo a polícia, o tiro atingiu a cervical da vítima.
Na ocasião, o pai descreveu à polícia que tirou a arma de uma sala de cofre porque ia para o clube de tiro, quando o menino entrou, pegou a pistola e no manuseio disparou contra o irmão gêmeo.
Primeiro, a criança foi socorrida numa Unidade de Pronto-Atendimento da Zona Norte, e depois internada e entubada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Emergência (HE) em estado grave. No dia seguinte, ele foi transferido para a UTI do HCA do Amapá, onde permaneceu até vir a óbito.
O pai das crianças é empresário, tem porte da arma de fogo e é registrado como Colecionador, Atirador e Caçador (CAC), segundo o Exército Brasileiro.
Investigação
O 2º Batalhão da PM informou que apresentou o pai à Polícia Civil. A arma também foi entregue à equipe para investigação.
A Polícia Civil declarou que o empresário foi atendido pela equipe plantonista no Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) do bairro Pacoval. No local, ele prestou depoimento e assinou um termo circunstanciado de ocorrência por omissão de cautela.
A polícia explicou que, como o crime é de menor potencial ofensivo, esse é o tipo de procedimento aplicado. O empresário foi liberado em seguida.