Sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de outubro de 2022
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, se reuniu nesta terça-feira (18) com o procurador-geral do MPE (Ministério Público Eleitoral), Paulo Gonet Branco, e com o procurador-geral do MPT (Ministério Público do Trabalho), José de Lima Ramos Pereira, para discutir o combate ao assédio eleitoral.
O assédio eleitoral é crime e ocorre quando um empregador age para coagir, ameaçar ou prometer benefícios para o funcionário que votar em determinado candidato.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) já registrou 447 denúncias de assédio eleitoral nas eleições de 2022.
Após a reunião, o procurador-geral do Trabalho afirmou que a “ideia é de articulação, dialogar”. “A temática é preocupante, até mesmo porque houve um aumento em relação 2018”, afirmou.
“A tendência de alta é evidenciada e contra fatos não tem argumentos. Então realmente houve um aumento, houve uma disseminação, a forma da banalização do que é ilícito ficou muito evidenciada e é isso que a gente tem que combater”, disse.
“Então, a reunião de hoje foi para aproximar as instituições, fazer com que a gente consiga articular atos e atitudes e para combater essa essa disseminação atual de ilícito, de assédio eleitoral”, declarou.
Segundo Moraes, esse tipo de assédio tem aumentado nestas eleições, com diversas denúncias de empregadores coagindo seus funcionários para votar ou deixar de votar em determinados candidatos.
“Há, em algumas localidades, empregadores querendo trocar dinheiro, querendo comprar o documento do empregado para que não possam comparecer. Isso é crime comum, eleitoral. Vai ser combatido”, afirmou na semana passada, ao anunciar a reunião.
“Essa atuação será mais efetiva, mais rápida. Não é possível, em pleno século 21, que se queira coagir um empregado em relação ao seu voto”, declarou.
Denúncias
O MPT informou que, até a tarde desta terça-feira (18), já havia registrado 447 denúncias de assédio eleitoral nas eleições de 2022. Na semana passada, o número computado pelo MPT era de 173 – aumento de quase 160%.
O assédio eleitoral é crime e ocorre quando um empregador age para coagir, ameaçar ou promete benefícios para que alguém vote em determinado candidato.
A região Sul do país é a que mais contabiliza casos até o momento: 171. Os três estados da região também ocupam a primeira, segunda e terceira posição no ranking, sendo o Paraná o campeão de denúncias, com 64 ocorrências. Santa Catarina aparece em seguida com 54 denúncias; e Rio Grande do Sul com 53. As informações são do portal de notícias G1.