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Saúde Transplante de células leva à independência de insulina; entenda

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A diabetes é uma doença caracterizada pela produção insuficiente ou pela má absorção da insulina.

Foto: Reprodução
A injeção de Tzield pode desativar as células imunes que atacam a produção de insulina. (Foto: Pexels)

Um novo tratamento para diabetes tipo 1 conseguiu levar mais da metade dos pacientes com quadros graves da doença a se tornarem independentes da aplicação de insulina. Os resultados foram parte de dois testes clínicos de fase 3, publicados na revista científica Diabetes Care. Os dados comprovaram a eficácia e segurança do transplante de ilhotas pancreáticas, e agora os pesquisadores pretendem submetê-los à Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, em busca de um aval para que o método seja incorporado à parte clínica.

A diabetes é uma doença caracterizada pela produção insuficiente ou pela má absorção da insulina, hormônio responsável por transformar o açúcar (glicose) em energia e retirá-lo do sangue para impedir que o acúmulo provoque uma obstrução. Na diabetes tipo 2, que representa 90% dos casos segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o quadro é causado principalmente por fatores de risco como excesso de açúcar e obesidade.

Isso porque nesses indivíduos há um esforço extra para que as células produtoras da insulina sintetizem mais e mais hormônio, até que eventualmente elas deixem de funcionar corretamente devido à sobrecarga. Por isso, mudanças no estilo de vida são efetivas em prevenir e atenuar o diagnóstico.

Porém, a realidade é muito diferente no caso da diabetes tipo 1, uma doença auto-imune que faz com que as próprias defesas do corpo ataquem e destruam as células produtoras de insulina, comprometendo a síntese do hormônio desde o início.

Por isso, embora o tratamento atual com injeções de insulina consiga manter o diagnóstico sob controle, especialistas estudam se a substituição dessas células danificadas por novas e funcionais poderia ser uma opção terapêutica eficaz a longo prazo para contornar a doença. Foi aí que surgiu o chamado transplante de ilhotas pancreáticas.

As ilhotas são regiões do pâncreas formadas por duas células principais, as “beta”, que produzem a insulina, e as “alfa”, que sintetizam um outro hormônio chamado de glucagon. Elas são justamente a área destruída na diabetes tipo 1. Assim, o novo tratamento coleta células funcionais do pâncreas de doadores que faleceram e as introduz por meio de um catéter nos pacientes cujas ilhotas estão comprometidas.

No novo estudo, os pesquisadores da Escola de Medicina Perelman, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, recrutaram dois grupos de participantes, um que recebeu apenas o transplante das ilhotas, com 48 pessoas, e outro de pessoas que receberam as novas células após um transplante de rim, com 24 indivíduos. Oito anos depois, mais da metade dos voluntários ainda tinha regiões funcionais de produção de insulina.

Além disso, no início do estudo 75% dos voluntários conseguiram interromper a terapia de reposição de insulina por meio de injeções, e mais da metade destes continuaram independentes da aplicação do hormônio quase uma década depois do transplante.

Os resultados são animadores, mas o tratamento não é tão simples, por isso deverá ser indicado apenas a casos mais graves ou resistentes às terapias atuais. Isso porque pacientes com diabetes já são mais suscetíveis a doenças e ao agravamento de problemas de saúde, então o procedimento de um transplante envolve riscos.

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https://www.osul.com.br/transplante-de-celulas-leva-a-independencia-de-insulina-entenda/ Transplante de células leva à independência de insulina; entenda 2022-10-18
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