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Mundo Greve geral paralisou a França na terça; setores de transportes e energia foram os mais afetados

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Lula convidou Macron para que visite o Brasil. (Foto: Divulgação)

A França enfrentou nesta terça-feira (18) um dia de greve geral, com os setores de transporte, energia e de outros setores-chave exigindo um aumento salarial que alivie o impacto da alta da inflação. O movimento também criticou a resposta oficial à greve dos petroleiros que já dura mais de três semanas. O governo francês quer forçar a categoria a voltar ao trabalho.

Os principais reflexos foram sentidos nos transportes. Os franceses enfrentaram interrupções nas viagens em trens e ônibus regionais, e alguns serviços do Eurostar entre Paris e Londres foram cancelados. O sindicato da CGT também pediu aos trabalhadores portuários para que mantivessem paralisações durante todo o dia.

Além dos trabalhadores dos transportes e do setor de energia, estudantes do ensino médio, funcionários públicos e lojistas foram convocados pelo sindicato da CGT e outros três para defender o direito à greve e exigir aumento salarial. A paralisação geral ocorre após bloqueios em refinarias e depósitos de combustíveis, que levaram à escassez de gasolina e diesel em quase um terço dos postos do país.

O medo de perder poder aquisitivo foi a principal preocupação dos franceses durante o último ciclo eleitoral de abril a junho e o apelo para economizar energia para evitar apagões no inverno torna o clima ainda mais pesado.

Guerra

Quando a França começou a virar a página da pandemia, a Rússia lançou uma ofensiva na Ucrânia que, juntamente com a resposta de Moscou às sanções ocidentais, fez disparar os preços da energia e dos alimentos para residências e empresas.

O governo de Emmanuel Macron gastou mais de € 100 bilhões (US$ 97,6 bilhões) em medidas para proteger famílias e empresas da crise de energia. As primeiras medidas para limitar os preços da eletricidade e do gás antes da guerra na Ucrânia ajudaram a manter a taxa de inflação do país abaixo dos países vizinhos da União Europeia.

A França, segunda maior economia da UE, registrou em setembro a menor taxa de inflação da zona do euro, 6,2%. Alemanha (10,9%), Itália (9,5%) e Espanha (9,3%) têm índices bem mais elevados, segundo a agência de estatísticas europeias Eurostat.

No entanto, 82% dos franceses avaliam que Macron não faz o suficiente para combater a alta dos preços, de acordo com pesquisa divulgada no último domingo (16).

Gota d’água

A gota d’água para o movimento desta terça foi o fato de o governo requisitar que petroleiros grevistas voltem ao trabalho, para aliviar a escassez de combustível, que afetou quase um terço dos postos de gasolina na França por dias.

Além do aumento salarial, os grevistas pedem uma melhor distribuição dos lucros obtidos pelas gigantes de energia, uma medida que mais da metade dos franceses apoia.

Ao se recusar a tributar esses “superlucros” em nível nacional, Macron colocou o governo “no campo dos grandes patrões, em total desconexão com grande parte dos franceses que sofrem com a inflação todos os dias”, segundo um editorial em o jornal Libération.

Embora o ministro do Interior, Gérald Darmanin, tenha assegurado que parte dos salários deve ser aumentado, o governo recusa-se a legislar sobre a matéria, deixando qualquer reavaliação nas mãos das empresas.

As paralisações desta terça se somaram a uma lista de desafios para Macron, que perdeu sua maioria absoluta na câmara baixa do Parlamento nas eleições de junho e cujo governo parece lutar para obter apoio suficiente para aprovar seu projeto de orçamento para o próximo ano.

O executivo prepara-se para recorrer a um polêmico decreto parlamentar, denominado 49.3, para aprovar o orçamento para 2023 sem a necessária votação da Assembleia Nacional (Câmara dos Deputados), que o debate neste momento.

Em 2018, a presidência de Macron foi abalada pelos protestos dos “coletes amarelos”, que foram desencadeados por um aumento de impostos sobre o combustível e se transformaram em um descontentamento mais amplo em torno da igualdade econômica e na rejeição do estilo de governo do presidente liberal.

Pressionado pelo protesto, o governo de Macron aprovou rapidamente medidas para limitar a alta dos preços da energia na época.

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