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Ciência Saiba como a Lua consegue influenciar as marés

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As marés são simplesmente o aumento e diminuição do nível da água dos oceanos. (Foto: Unsplash)

Para entender como a Lua influencia as marés, é importante conhecer os efeitos gravitacionais exercidos por nosso satélite natural — mas não só por ele, já que o Sol também afeta as marés, só que com efeito bem menor. É principalmente por causa da gravidade lunar que a água dos oceanos da Terra se acumula no lado do planeta mais próximo da Lua e naquele mais afastado dela, criando as marés altas; enquanto isso, entre elas, ocorrem as marés baixas.

De forma bastante resumida, podemos dizer que as marés são simplesmente o aumento e diminuição do nível da água dos oceanos. Quando o nível do mar chega ao ponto mais alto, dizemos que a maré está alta e, quando desce ao ponto mais baixo, a maré está baixa. Vale lembrar que essas variações também ocorrem nos lagos e rios, mas, nesses casos, ela é discreta demais para ser percebida.

De fato, a Lua é a principal causadora marés, mas não é a única responsável para que ocorram. É que, na verdade, as marés também sofrem o efeito da força gravitacional do Sol, só que nosso astro está a cerca de 150 milhões de quilômetros de nós, enquanto a Lua encontra-se, em média, a 384.400 quilômetros da Terra. Por isso, a gravidade da nossa estrela afeta menos as marés do que aquela da Lua.

Antes de entender as marés, é importante considerar a gravidade, a força através da qual um planeta ou outro corpo atrai objetos em direção ao seu centro. Então, quanto mais perto você estiver de um objeto massivo, mais forte será a força gravitacional exercida por ele sobre você.

É importante saber disso porque, assim como a Terra, a Lua também exerce força gravitacional, que “puxa” diferentes regiões do planeta conforme ele gira; por isso, o que está mais perto da Lua é mais afetado pela gravidade.

No caso das marés, a parte do planeta que está voltada para nosso satélite natural é a mais afetada pelas chamadas “forças de maré”. Este efeito também ocorre nas porções sólidas do planeta, mas como a água se move mais facilmente, ela é acumulada em direção à Lua, como se tentasse “alcançá-la”. Quando isso acontece, eis que temos uma maré alta, formada pela proeminência da água acumulada em direção à Lua, já que ali a gravidade é mais forte.

Enquanto tudo isso acontece, a Terra continua girando. Então, no lado afastado do planeta em relação à Lua, a força rotacional do planeta é mais forte que a gravidade lunar, e essa força faz com que a água se acumule ao mesmo tempo em que tenta resistir, formando marés altas. As duas marés altas, em lados opostos, arrastam a água do restante dos oceanos; por isso, entre elas, ocorrem as marés baixas.

Vale lembrar que, embora nosso planeta tenha aproximadamente 70% da superfície coberta por água, isso não significa que esta camada líquida seja distribuída uniformemente por toda a Terra. Como os continentes do planeta têm diferentes relevos, eles impedem que a água dos oceanos acompanhe totalmente o puxão gravitacional da Lua. Por isso, há lugares em que as diferenças entre as marés altas e baixas é drástica, mas em outros, nem tanto.

Outros efeitos

As marés também são afetadas pela gravidade do Sol. Embora nosso astro seja muito mais massivo do que a Lua — e, portanto, tem gravidade mais forte —, está bem mais distante que nosso satélite natural. Por isso, a força exercida pelo Sol nas marés não chega a metade da força daquele da Lua, mas mesmo assim, os efeitos da gravidade solar existem.

Os efeitos do Sol podem ser percebidos durante as fases lunares “cheia” e “nova”, respectivamente. É que, na fase nova, a Terra, o Sol e a Lua ficam quase alinhados, e a força gravitacional do nosso astro se soma àquela exercida pela Lua na Terra. Com isso, os oceanos se acumulam um pouco mais que o comum; portanto, nestes casos, as marés altas ficam mais altas, e as baixas, mais baixas que a média.

Estas são as chamadas “marés grandes”, e ocorrem duas vezes a cada mês lunar. Sete dias depois de uma maré grande, o Sol e a Lua ficam em ângulos retos, que permitem que o acúmulo do oceano causado pela gravidade solar cancele, parcialmente, aquele da gravidade lunar, formando as chamadas “marés mortas”. Neste caso, as marés altas ficam um pouco mais baixas que o normal, e as baixas, mais altas.

É importante destacar que o vento e padrões climáticos também podem afetar o nível do mar. Por exemplo, ventos costeiros fortes podem “empurrar para trás” a água nos litorais, criando marés baixas mais exageradas — e o contrário também vale para ventos soprando na direção das praias, empurrando a água e tornando as marés baixas menos perceptíveis.

Outro efeito que merece destaque é aquele causado pelos sistemas climáticos de alta pressão, capazes de diminuir os níveis do mar e, assim, criar marés mais baixas. Já os sistemas de baixa pressão, trazidos por fortes tempestades e furacões, são capazes de causar marés bem mais altas do que a média.

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https://www.osul.com.br/saiba-como-a-lua-consegue-influenciar-as-mares/ Saiba como a Lua consegue influenciar as marés 2022-10-22
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