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Mundo Ataque do Estado Islâmico contra santuário no Irã deixa ao menos 15 mortos

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O grupo terrorista já chegou a controlar um terço do Iraque e da Síria. (Foto: Reprodução)

Pelo menos 15 pessoas morreram, e 40 ficaram feridas, nesta quarta-feira (26), na cidade de Shiraz, no sul do Irã, em um ataque terrorista contra um local de culto xiita, informou a televisão estatal.

O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo ataque, de acordo com um comunicado do grupo em seu canal no Telegram. O Irã é um país xiita, e o Estado Islâmico é um grupo sunita. O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, afirmou que haverá resposta.

Uma mulher e duas crianças estão entre os mortos, de acordo com a agência Fars.

No mausoléu de Shah Cheragh, fica o túmulo de Ahmad, irmão do imã Reza, o oitavo imã xiita enterrado em Mashad, no nordeste do país.

As informações sobre os suspeitos não são claras. Inicialmente, afirmou-se que havia três agressores, e dois deles foram presos. Depois, o chefe do Judiciário local, Kazem Mousavi, afirmou que o ataque foi cometido por um único homem armado, que pertence a um grupo sunita.

Síria

Há quase um mês, um ataque dos Estados Unidos a uma vila no nordeste da Síria controlada pelo governo do país matou um funcionário “sênior” do Estado Islâmico. Outros membros do grupo terrorista foram capturados com vida. A operação ocorreu no vilarejo de Muluk Saray.

Os Estados Unidos já haviam realizado ataques anteriores na Síria para atingir membros do Estado Islâmico, mas o ataque foi a primeira operação conhecida em uma zona controlada por forças leais ao presidente Bashar al-Assad.

Estado Islâmico

O Estado Islâmico é um califado com atuação terrorista que controla regiões no Iraque e na Síria e baseia sua ideologia em interpretações radicais de determinados princípios do Islamismo.

Esse califado – um Estado que é governado por uma autoridade religiosa, o califa – foi criado em 29 de junho de 2014 e espalha o terror sobre a população das regiões que controla, perseguindo minorias e organizando ataques terroristas em outras partes do mundo, como os ataques recentemente ocorridos na França.

O surgimento do Estado Islâmico está diretamente relacionado com a instabilidade gerada pela guerra no Iraque após a invasão norte-americana em 2003. Esse cenário permitiu que grupos jihadistas fossem instalados e desenvolvidos livremente nesse país. Entre esses grupos está a Al-Qaeda, que se instalou no Iraque em 2004 e foi liderada pelo jordaniano Abu Musab Al-Zarqawi (morto em 2006).

Com o início da guerra civil iraquiana em 2006, o grupo rompeu com a Al-Qaeda e concentrou suas atenções no Iraque. A partir da Primavera Árabe e da onda de protestos espalhados pelas nações árabes, o Estado Islâmico viu a oportunidade de instalar-se na Síria e, com o início da guerra civil síria, o grupo passou a atuar tanto nesse país quanto no Iraque.

Atualmente liderado pelo autodeclarado califa Abu Bakr al-Baghdadi, o Estado Islâmico impõe a sharia, a lei islâmica, nos territórios dominados e persegue minorias religiosas, além de lutar contra outros grupos islâmicos.

A origem ideológica desse grupo é baseada no wahabismo, doutrina de Al-Wahhab que defendia uma interpretação literal do Corão e de outros escritos sagrados do Islamismo. O wahabismo também é a ideologia oficial da Arábia Saudita, nação árabe mais rica e poderosa atualmente.

Desde que a Arábia colocou-se como uma influente nação, passou a exportar sua ideologia e a inspirar inúmeros grupos fundamentalistas islâmicos que também defendem a interpretação literal dos textos religiosos e a imposição da sharia. Na Europa, essa ideologia encontra espaço nas comunidades islâmicas que, em geral, sofrem com bastante preconceito e dificuldade de integração.

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