Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 31 de outubro de 2022
Considerado decisivo para definir o rumo das eleições presidenciais de domingo (30), o índice de abstenção do segundo turno foi menor do que o registrado na primeira etapa, contrariando tendência histórica de menor comparecimento na segunda etapa do pleito. O índice também foi inferior ao observado no segundo turno das eleições presidenciais de 2018.
O índice de eleitores que não compareceram foi de 20,56%, inferior aos 20,95% registrados no primeiro turno e aos 21,3% que faltaram na segunda etapa do pleito de 2018. Ainda em 2018, a abstenção no primeiro turno havia sido inferior à do segundo turno (20,33%).
O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), já havia afirmado que esperava uma abstenção menor no segundo turno motivada pela ampliação da oferta de transporte gratuito aos eleitores na maior parte do País.
Nulos e brancos
O porcentual de votos nulos subiu de 2,82% para 3,16% entre os dois turnos e o de votos brancos registrou pequena queda, passando de 1,59% para 1,43%.
Em comparação com os índices de brancos e nulos de 2018, houve diminuição expressiva. Ambos somaram 4,59% neste domingo, contra 9,57% no segundo turno das eleições passadas.
Propaganda irregular
Até às 17h desse domingo, horário oficial de encerramento da votação nas seções eleitorais do segundo turno das Eleições 2022, em todo o Brasil, o aplicativo Pardal recebeu 2.326 denúncias de propaganda eleitoral irregular. O número de relatos é inferior apenas ao do dia 2 de outubro, data do primeiro turno, quando foram registradas 5.332 denúncias.
As campanhas para presidente da República foram responsáveis por 10.619 denúncias, enquanto os candidatos a governador registraram 4.464.
Embora o encerramento oficial da votação tenha sido às 17h, as pessoas que já estavam na fila na seção eleitoral até esse horário poderão votar normalmente.
Desde o dia 16 de agosto – início da propaganda eleitoral – o app Pardal registrou 52.205 denúncias. No pleito de 2018, foram registradas 48.673 queixas, a maioria relativa à propaganda eleitoral irregular.
A região Sudeste acumula o maior número de denúncias desde o começo da campanha eleitoral, com 18.148, seguida pela Nordeste, com 14.953, e pela Sul, com 9.744 relatos. As regiões Centro-Oeste e Norte registraram, respectivamente, 5.710 e 3.650 denúncias.
A ferramenta também recebe acusação de compras de votos, uso da máquina pública e crimes eleitorais, desde que devidamente acompanhada de provas, como fotos, áudios e vídeos, de forma anônima ou não.
As denúncias recebidas no Pardal deram origem a 14.369 (24,91%) processos que estão em tramitação no Processo Judicial Eletrônico (PJe) da Justiça Eleitoral.