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Política “Povo gaúcho quer paz, união e respeito”, diz Eduardo Leite após vitória no Rio Grande do Sul

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O tucano derrotou Onyx Lorenzoni (PL) no segundo turno. (Foto: Mauricio Tonetto/Divulgação)

Eduardo Leite (PSDB) foi eleito novamente governador do Rio Grande do Sul neste domingo (30). O tucano derrotou Onyx Lorenzoni (PL) no segundo turno da disputa ao Palácio Piratini. Leite, que obteve 3.687.126 votos (57,12%) contra 2.767.786 (42,88%) do seu oponente, com 100% das seções totalizadas, disse que o resultado das urnas mostra que o “povo gaúcho quer paz, união e respeito”.

Durante o discurso de comemoração, Leite reconheceu que boa parte de seus eleitores divergem politicamente. “Quero dizer ao povo gaúcho que tenho a consciência de que a razão dos votos é diversa. Esta eleição se revelou atípica pela pressão que a eleição nacional representava”, afirmou.

“Um privilégio trilhar essa jornada ao seu lado. Terá absoluto protagonismo em nosso governo e nos ajudará a levar o Rio Grande do Sul para um futuro melhor”, disse.

Já Onyx, informou que ligou para o governador eleito e afirmou que “O povo escolheu. Na democracia, a decisão do povo é soberana. Fizemos uma campanha limpa e sem ataques. Eu quero dizer que todos aqueles que participaram do bom combate que travamos aqui, continuarão de cabeça erguida”.

Tradição

A vitória de Eduardo Leite quebra uma tradição mantida desde 1998, quando as eleições brasileiras passaram a permitir que os chefes do Executivo tentassem se manter no cargo por mais um mandato consecutivo.

Até hoje, nenhum governador gaúcho havia conseguido esse feito. Leite, em tese, não foi reeleito, porque renunciou ao cargo em março, mas venceu o pleito por duas eleições seguidas. Por esse motivo, ele não poderá concorrer à reeleição em 2026 – a lei estabelece que a chefia do Poder Executivo não pode ser ocupada pela mesma pessoa por mais de dois mandatos seguidos.

Há 20 anos no mesmo partido, Leite tinha posição histórica contra a reeleição. Não disputou um segundo mandato à frente da Prefeitura de Pelotas, em 2016, para ser candidato a governador dois anos depois.

Mas o tucano, que foi pré-candidato à Presidência, confirmou, em junho, que tentaria novamente o cargo, sob o argumento de que havia renunciado “ao poder, à caneta, a toda estrutura que está em torno de um governante”.

Com esse discurso, Leite acabou sendo reconduzido ao Palácio Piratini e quebrou a série de derrotas de governadores gaúchos que buscavam o segundo mandato consecutivo.

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