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Notícias Ministro Luís Roberto Barroso foi ofendido e ameaçado em Santa Catarina quando jantava com amigos

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(Foto: Nelson Jr./SCO/STF)

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi ofendido e ameaçado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), em Santa Catarina, quando jantava com amigos.

Barroso teve de sair do local, em Porto Belo, no litoral, e foi seguido pelos bolsonaristas até a casa em que estava hospedado. Segundo nota do gabinete do ministro, os seguranças de Barroso identificaram que os manifestantes passaram a convocar outras pessoas para se juntar ao movimento “fazendo ruído perturbador e paralisando a circulação nas ruas adjacentes”.

Barroso jantava com amigos em um restaurante no bairro Perequê quando, segundo a nota, pessoas que participavam de bloqueios de estradas iniciaram um protesto do lado de fora do estabelecimento após serem dispersadas das rodovias pelas autoridades.

Em meio ao ato, gritavam “Supremo é o Povo”, frase rotineiramente usada nos protestos bolsonaristas. Para evitar transtornos, Barroso deixou o local.

Ainda segundo as informações do STF, a manifestação ameaçou “fugir ao controle e tornar-se violenta”. A equipe de segurança do ministro cogitou acionar a Polícia Militar de Santa Catarina, mas ele preferiu se retirar do local.

Em nota, Barroso disse que “o desrespeito às instituições e às pessoas, assim como as ameaças de violência, não fazem bem a nenhuma causa e atrasam o País”. “A democracia comporta manifestações pacíficas de inconformismo, mas impõe a todos os cidadãos o respeito ao resultado das urnas”, afirma a nota.

Segundo testemunhas ouvidas pelo portal Metrópoles, os protestantes seguiram Barroso até o local onde ele se hospedava. Por isso, a Polícia Militar foi acionada para ajudar a equipe de segurança do STF a escoltar o magistrado até o imóvel.

Um vídeo mostra os bolsonaristas xingando Barroso de “vagabundo”. Contudo, de acordo com a PM, a manifestação foi “pacífica e ordeira” e o ministro teria deixado o restaurante “sem nenhum tipo de conflito mais grave”. Ainda segundo os policiais, o ministro não registrou boletim de ocorrência. Ninguém foi preso.

Ainda de acordo com informações da Corte, “não houve proximidade física ou agressão”, nem “qualquer registro de dano patrimonial”.

“A democracia comporta manifestações pacíficas de inconformismo, mas impõe a todos os cidadãos o respeito ao resultado das urnas. O desrespeito às instituições e às pessoas, assim como as ameaças de violência, não fazem bem a nenhuma causa e atrasam o país, que precisa de ordem e paz para progredir”, conclui o STF.

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