Sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de novembro de 2022
As máscaras de proteção contra a transmissão da covid estão aos poucos voltando ao ambiente escolar, a começar pelas universidades. Pelo menos quatro instituições do Rio de Janeiro já divulgaram nota defendendo o seu uso, sendo três públicas e uma particular. São elas: a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). A recomendação do uso de máscara nesses retorna num momento em que se confirma a chegada ao Rio da nova subvariante Ômicron BQ.1 do vírus da Covid-19, aliada a uma baixa procura pelas doses de reforço da vacina na cidade, que já acendeu a luz amarela na Secretaria Municipal de Saúde.
No começo da semana, a UFRJ publicou em seu site uma nota recomendação do uso da máscara em ambientes fechados ou de aglomeração. A nota diz que “na quinta-feira, 3/11, o Centro de Triagem Diagnóstica (CTD/NEEDIER) emitiu nota técnica sobre o aumento do número de casos de Covid. Para emitir o parecer, o CTD/NEEDIER considerou os resultados de testagem para Covid, que demonstram o aumento da positividade, nas últimas semanas, de 2,6% em setembro para 18,3% em outubro. A nota divulgada recomenda o retorno ao uso de máscaras em ambientes fechados ou de aglomeração.”
Também na segunda-feira, a UniRio publicou nota em seu site com as recomendações para a volta do uso da proteção. “A Comissão Permanente de Vigilância de Agravos à Saúde Humana da UniRio, após solicitação da Reitoria, apresentou recomendações para a comunidade universitária, frente à circulação de uma nova subvariante no município do Rio de Janeiro (Ômicron BQ.1”, diz o texto.
A Uerj também publicou nota, no começo da semana, informando que atualizou os protocolos de biossegurança nas dependências do campi. “Considerando as orientações da Nota Técnica da Pró-Reitoria de Saúde (PR5), o Ato Executivo de Decisão Administrativa (Aeda) 117/2022 recomenda o uso de máscaras nas áreas edificadas, assim como nos demais locais onde o distanciamento mínimo de um metro não possa ser praticado”, diz o comunicado.
A nota informa ainda que “o uso continua obrigatório no caso de pessoas com sintomas gripais, mesmo com teste negativo para Covid, a fim de evitar a transmissão de outras doenças respiratórias. A realização de eventos permanece liberada, desde que observadas as novas recomendações.”
No dia seguinte, foi a vez da a Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-RJ) fazer o alerta. A universidade particular divulgou um comunicado da reitoria pedindo a volta do uso de máscaras em ambientes fechados, ou para quem estiver gripado, no campus. A nota alerta que houve um aumento do número de casos de Covid no local. A universidade católica diz ainda que os casos, que têm sido atendidos dentro do serviço médico do campus, são sem gravidade. Mas alerta pessoas que têm comorbidades.
Salto
De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS), a taxa de testes positivos para a doença, que permaneceu por semanas na casa de 6 a 7%, saltou para 21% na semana passada depois de duas semanas seguidas de aumento. O pico no percentual de testes positivos ocorreu em 2020 quando a taxa bateu em 85%. De acordo com a prefeitura há 48 pessoas internadas com Covid na cidade do Rio, das quais 12 são crianças.
Em uma rede social, a SMS informa que a recomendação é para que todos aqueles que ainda não tomaram a dose de reforço da vacina contra a Covid procurem uma unidade para concluir o esquema de imunização.
Nova variante
A BQ.1 já havia sido identificada pela Fiocruz Amazônia, no final de outubro. A subvariante gera preocupação por possuir mutações que a ajudam a escapar da resposta imunológica. Dados do último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que ela já foi encontrada em 65 países.
A BQ.1 também está associada a um recente aumento de casos de Covid nos Estados Unidos e na Europa. Países europeus como França e Alemanha, que detectaram um crescimento das subvariantes BQ.1 e BQ.1.1, observaram uma nova onda de casos da doença a partir do início de setembro, mas já vivem uma queda de 60% e 54%, respectivamente, na média móvel de novos diagnósticos em comparação com duas semanas atrás.