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Por Redação O Sul | 9 de novembro de 2015
O mercado financeiro aumentou sua estimativa de inflação para este ano e para 2016, segundo o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (09). Para 2015, a expectativa dos economistas é de que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial, feche o ano em 9,99%. Na semana anterior, a taxa esperada era de 9,91%. Se confirmada, a estimativa representará o maior índice em 13 anos, ou seja, desde 2002, quando ficou em 12,53%.
Essa foi a oitava alta seguida no indicador. Segundo economistas, a alta do dólar e, principalmente, dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressiona a inflação em 2015. Para 2016, os economistas das instituições financeiras elevaram sua expectativa de inflação de 6,29% para 6,47%.
PIB
Ao mesmo tempo, o mercado financeiro também passou a estimar uma retração maior da economia brasileira em 2015 e também no ano que vem. Para o PIB (Produto Interno Bruto) deste ano, o mercado financeiro passou a prever uma retração de 3,10%. Essa foi a 17ª revisão para baixo consecutiva do indicador. Até então, a expectativa era de uma contração de 3,05%. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990, quando foi registrada uma queda de 4,35%. Para 2016, a estimativa de queda pasosu de 1,51% para 1,90%.
Juros
Após o Banco Central ter mantido os juros estáveis em 14,25% ao ano em outubro, o maior patamar em nove anos, o mercado manteve a estimativa de que não devem ocorrer novos aumentos da Selic em 2015. Para o fim de 2016, a estimativa subiu de 13% para 13,25% ao ano – o que pressupõe redução, embora menor, da taxa Selic ao longo do ano que vem.