Quinta-feira, 06 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de novembro de 2022
Uma norte-americana do Texas, identificada como Taylor Parker, de 29 anos, foi condenada à pena de morte por assassinar uma colega grávida para retirar o bebê do útero. A sentença foi proferida na última semana, no Estado do Texas, após um julgamento que começou em setembro, e transformou Parker na sétima mulher a ser condenada à morte no Estado, segundo o departamento de justiça criminal dos EUA.
Durante meses, Parker se fingiu de grávida para o namorado e a família e escondeu o fato de ter sido submetida a uma histerectomia e não poder ter filhos. Em 9 de outubro de 2020, a americana foi à casa de uma conhecida que estava na 35ª semana de gravidez, identificada como Reagan Simmons-Hancock, de 21 anos, e a esfaqueou mais de 100 vezes para roubar o feto.
Parker saiu da casa após roubar o bebê vivo e foi presa pouco depois em seu carro, a cerca de 15 quilômetros do assassinato. As autoridades a encontraram com o recém-nascido no colo. Ao ser questionada, ela respondeu que havia acabado da dar à luz. O bebê foi hospitalizado, mas não sobreviveu.
Segundo testemunhas disseram no tribunal, Parker começou a procurar de mulheres grávidas em tendas e maternidades para se aproximar, semanas antes do assassinato. Ela também assistiu diversos vídeos de partos e cesarianas, provavelmente na intenção de aprender e realizar o procedimento cirúrgico na vítima.
Os promotores disseram que, na tentativa de manter o namorado, Taylor se fez parecer grávida, fingiu ultrassons e até fez uma festa de revelação de gênero.
Durante o julgamento, um investigador da polícia testemunhou que Taylor realizou pesquisas intensivas sobre como fingir uma gravidez de forma convincente.
O advogado Jeff Harrelson, que defendeu Taylor, afirmou que ela estava mentalmente doente na época do crime.
Após os relatos das testemunhas, o juiz John Tidwell disse ao oficial de justiça: “Leve-a para o corredor da morte”.
Caso semelhante
Um caso semelhante ocorreu no Brasil. Em setembro, Suellen Coimbra do Carmo foi condenada a 43 anos de prisão, mais 30 dias-multa, por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e aborto não consentido. Em 2017, ela matou Naiara Silva da Costa, de 22 anos, para ficar com o bebê dela. À época, a vítima estava grávida de 8 meses. A condenação ocorreu em julgamento pelo Tribunal do Júri de Nerópolis, pelo juiz Camilo Schubert Lima.
O caso aconteceu em 27 de junho de 2017, em Nerópolis, na região metropolitana da capital goiana. Conforme a denúncia feita pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), a autora havia perdido um bebê meses antes de cometer o crime, mas continuou se passando por gestante com o intuito de conseguir um recém-nascido.
Segundo a denúncia do MP, a acusada usou um bisturi para retirar o bebê da barriga da vítima. A criança não resistiu e também morreu. Suellen, que já havia preparado um buraco no quintal de casa, enterrou o corpo de Naiara no local.
O crime foi descoberto com a ajuda de um vizinho, que, suspeitando das atitudes de Suellen, chamou a polícia. Quando os policiais chegaram ao local, no entanto, o corpo já havia sido enterrado. Já o bebê, sem vida, foi encontrado enrolado em tecido dentro de uma bacia.