Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Flavio Pereira | 15 de novembro de 2022
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Eleito deputado estadual mais votado do Rio Grande do Sul – 112.919 votos -, o advogado e jornalista da Rede Pampa de Comunicação, Gustavo Victorino conversou ontem com o colunista sobre a mobilização de brasileiros que acontece há vários dias em todo o país, e que deverá ganhar maior ênfase neste dia 15 de novembro, data da Proclamação da Republica.
Para Victorino, “não resta dúvida de que o Brasil está triste neste dia, que deveria ser de festa”. Para o deputado campeão de votos do Rio Grande do Sul, “o que as pessoas buscam com essa mobilização orgânica, espontânea, pacífica e democrática, é cobrar do Tribunal Superior Eleitoral, que explique as incongruências surgidas na comparação com as suas próprias decisões”. Ele cita apenas como exemplo, “as inserções de rádio suprimidas da campanha de Jair Bolsonaro, e que até agora não tiveram uma explicação convincente, embora as provas amparadas em perícia de empresas de alta credibilidade, e a falta de explicações a questões técnicas importantes apresentadas de forma serena no relatório do Ministério da Defesa sobre o processo eletrônico de votação”. Afora isso, explica Victorino, “há uma sequência de decisões do TSE que desequilibraram ao longo da campanha, todo o processo eleitoral em desfavor de Jair Bolsonaro”.
Advogado de Lula, Cristiano Zanin trabalha para vaga no STF
O advogado de Lula, Cristiano Zanin, está em Nova York e tem participado intensamente de conversas com ministros do STF, num movimento para ser indicado a uma das duas vagas que se abrirão no Supremo, com as aposentadorias de Ricardo Lewandowski e Rosa Weber em 2023. Zanin quer repetir o que aconteceu com a nomeação de outro advogado petista, Dias Toffoli, que foi premiado pelos serviços prestados ao partido. Zanin disputa a vaga no STF com dois ministros do STJ que fazem uma dura competição para agradar Lula: Paulo de Tarso Sanseverino, e Benedito Gonçalves, atualmente cedidos ao Tribunal Superior Eleitoral. Outro obstáculo de Cristiano Zanin, está no fato de que Ricardo Lewandowski tem seus próprios nomes para a cadeira que deixará em maio, e Rosa Weber deveria ser substituída por uma mulher, para que a bancada feminina não perca representatividade na Corte. Para a vaga de Rosa Weber, um loby muito forte vem sendo feito em nome de Carol Proner, mulher de Chico Buarque. A advogada é fundadora da chamada Associação Brasileira de Juristas pela Democracia uma das bases do Grupo Prerrogativas, frente jurídica alinhada com o PT .
Guzzo e a boca livre dos ministros do STF
Em artigo na Revista Oeste, o jornalista José Roberto Guzzo vê a presença de ministros do STF em evento empresarial em Nova York como uma “boca livre” incompatível com o cargo que ocupam:
“Seis ministros do STF, nada menos que seis, e tudo de uma vez só, estão participando de um dos mais constrangedores momentos jamais vividos pela suprema corte do Brasil – uma boca livre explícita, na base do “tudo pago”, em Nova York. A coisa se chama “O Brasil e o Respeito à Democracia e a Liberdade”; são umas palestras dos ministros para elogiar a si próprios e cantar os seus atos de heroísmo na guerra que movem há quatro anos contra o governo de Jair Bolsonaro e a favor da volta de Lula à presidência da República. É coisa de dar vergonha – se ainda houvesse alguém capaz de sentir vergonha nessa história toda.”
Ministra Carmen Lúcia, envergonhada, fica em Brasília
Os ministros do STF receberam inúmeras manifestações de hostilidade desde domingo em Nova York. Manifestantes expressaram sua contrariedade à postura dos ministros, com atos na frente do hotel, e mesmo no local do evento promovido pela Lide, empresa de eventos do ex-governador João Dória. Ambos estão errados: os atos comportaram alguns excessos. Mas, os ministros também não mostraram a compostura que o cargo impõe ao aceitarem participar de um evento comercial. A ministra do STF Cármen Lúcia estava confirmada para participar do evento em Nova York mas, prudente, cancelou de última hora. A assessoria da ministra não informou o motivo, mas disse que ela teve um imprevisto.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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