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Saúde A cada 15 minutos, dez pessoas no Brasil morrem de forma súbita

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Todas as pessoas devem monitorar sua pulsação e, a qualquer irregularidade nos batimentos, procurar um médico para fazer exames como um eletrocardiograma. (Crédito: Reprodução)

A cada 15 minutos, dez pessoas no Brasil morrem de forma súbita. A estatística salta aos olhos, especialmente por, em boa parte das vezes, essas mortes serem evitáveis. A maior parcela dos 330 mil óbitos anuais ocorre em consequência de algum tipo de arritmia cardíaca, problema que atinge mais de 10 milhões de brasileiros e ocasiona uma mudança no funcionamento do coração, fazendo com que o músculo não consiga bombear o sangue da maneira correta.

Alguns dos principais sinais que acendem o alerta de que o órgão pode estar com essa falha são aceleração dos batimentos com o corpo em descanso, tontura, pressão arterial alta e desmaio. Enquanto alguns tipos mais leves de arritmia não chegam a trazer complicações à saúde – apenas incomodam quem as sente –, outros podem levar à morte súbita ou a um AVC (Acidente Vascular Cerebral).

É sobre essas formas mais severas que se debruça a campanha “Coração na Batida Certa”, realizada pela Sobrac (Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas) em todo o País. A instituição recomenda o autoexame, se possível diário: todas as pessoas devem monitorar sua pulsação e, a qualquer irregularidade nos batimentos, procurar um médico para fazer exames como um eletrocardiograma. Apenas assim é possível ter certeza sobre a existência da arritmia e a gravidade dela. Segundo a Sobrac, há hoje uma “epidemia” de fibrilação atrial, o tipo de arritmia que mais torna o paciente propenso a ter um AVC. Esta arritmia é a mais comum no Brasil e no mundo, equivalendo à metade de todos os casos. Cerca de 5 milhões de brasileiros sofrem desse problema.

“A previsão é de que, nos próximos 50 anos, esse número dobre. É uma epidemia”, destaca Eduardo Saad, diretor científico da Sobrac. “Estudos mostram que uma em cada seis pessoas que chegam saudáveis aos 40 anos vai ter fibrilação atrial em algum momento da vida. E, se antes isso estava muito associado à velhice, acometendo basicamente pessoas com mais de 60 ou 70 anos, hoje está acontecendo cada vez mais cedo. Até com adolescentes.”

Saad diz que não há uma comprovação científica do motivo que leva jovens a ter esse tipo de doença – comum nos idosos justamente por causa do desgaste do músculo do coração –, mas acredita que as novas rotinas de vida exerçam influência. “Alta carga de estresse, falta de sono, exercício físico exagerado e abuso de álcool e energéticos são tidos como deflagradores de arritmias”, explica.

Há, ainda, fatores de risco que tendem a estimular o surgimento do problema. Entre os principais, estão hipertensão, obesidade, sedentarismo e tabagismo. Quem já operou o coração, já teve um infarto ou apresenta qualquer tipo de doença cardíaca, como sopro patológico, também tem mais risco de desenvolver o problema.

Exercícios moderados.

A arritmologista Olga Ferreira de Souza destaca que uma das melhores maneiras de se prevenir e tratar arritmias é a prática frequente de exercícios moderados. “O coração de quem se exercita de forma frequente está mais acostumado com o estímulo do que o daqueles atletas de fim de semana, que só jogam futebol aos domingos. Estes correm mais risco de morrer por conta de arritmia, às vezes sem sequer apresentar sintomas. E, na outra ponta, quem exige demais de si, com treinos superintensos, também pode colocar o coração em risco”, afirma Olga.

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https://www.osul.com.br/a-cada-15-minutos-dez-pessoas-no-brasil-morrem-de-forma-subita/ A cada 15 minutos, dez pessoas no Brasil morrem de forma súbita 2015-11-09
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