Sexta-feira, 29 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 16 de novembro de 2022
No topo do foguete, está a espaçonave Orion
Foto: NasaA histórica missão Artemis I decolou, na madrugada desta quarta-feira (16), após meses de espera. O imponente sistema de lançamento espacial de 98 metros de altura acendeu os seus motores às 3h47min (horário de Brasília).
O evento deu início a uma jornada que enviará uma espaçonave não tripulada ao redor da Lua, abrindo caminho para a Nasa (agência espacial dos EUA) devolver os astronautas à superfície lunar pela primeira vez em mais de 50 anos.
No topo do foguete, está a espaçonave Orion, uma cápsula em forma de goma que se separou do foguete depois de chegar ao espaço. A Orion foi projetada para transportar humanos, mas seus passageiros para essa missão de teste são da variedade inanimada, incluindo alguns manequins que coletam dados vitais para ajudar futuras tripulações vivas.
Espera-se que a cápsula percorra cerca de 2 milhões de quilômetros, seguindo um caminho que a levará mais longe do que qualquer outra espaçonave projetada para o voo humano já percorreu, de acordo com a Nasa. Depois de orbitar a Lua, a Orion fará sua viagem de volta, completando sua jornada em cerca de 2.500 dias.
A cápsula está programada para cair no Oceano Pacífico, na costa de San Diego, em 11 de dezembro, quando as equipes de resgate estarão esperando nas proximidades para rebocá-la em segurança. Ao longo da missão, os engenheiros da Nasa estarão de olho no desempenho da espaçonave. A equipe avaliará se o Orion tem o desempenho pretendido e estará pronta para apoiar sua primeira missão tripulada à órbita lunar, atualmente programada para 2024.
Essa missão também marca o voo de estreia do foguete SLS como o mais poderoso de todos os tempos a atingir a órbita da Terra, com 15% a mais de empuxo do que o foguete Saturn V, que impulsionou os pousos lunares da Nasa no século XX.
E essa missão é apenas a primeira de uma longa série de missões Artemis cada vez mais difíceis, enquanto a Nasa trabalha em direção ao seu objetivo de estabelecer um posto avançado permanente na Lua.
A Artemis II seguirá um caminho semelhante à Artemis I, mas terá astronautas a bordo. Espera-se que a Artemis III, prevista para o final desta década, leve uma mulher e uma pessoa negra à superfície lunar pela primeira vez.
A equipe da missão encontrou uma série de contratempos antes do lançamento desta quarta, incluindo problemas técnicos com o megafoguete lunar e dois furacões que passaram pelo local de lançamento.
Abastecer o foguete SLS com hidrogênio líquido superresfriado provou ser um dos principais problemas que forçou a Nasa a desistir das tentativas anteriores de decolagem, mas na terça-feira (15) os tanques foram preenchidos, apesar dos problemas de vazamento que interromperam o abastecimento horas antes do lançamento.