Por Redação O Sul | 16 de novembro de 2022
Volodymyr Zelensky explicou que recebeu relatórios do comando das Forças Armadas e da Aeronáutica e "só pode confiar neles"
Foto: DivulgaçãoO presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, insistiu nesta quarta-feira (16) que os mísseis que atingiram a Polônia são russos, apesar dos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) cogitarem que a ofensiva tenha sido resultado de um lançamento feito pelo sistema de defesa antiaérea de Kiev. “Não temos dúvidas que não foi o nosso míssil”, declarou o líder ucraniano a jornalistas em Kiev, citado pela agência Interfax.
Zelensky explicou que recebeu relatórios do comando das Forças Armadas e da Aeronáutica e “só pode confiar neles”. Além disso, reforçou que acredita que a Ucrânia deveria ter permissão para inspecionar o local do acidente.
“Não podemos dizer as conclusões finais? Temos o direito de fazer parte da equipe de investigação? Claro”, acrescentou.
Discurso no G20
Mais cedo, o presidente ucraniano voltou a discursar na cúpula de líderes do G20 e afirmou que “entre vós existe um Estado terrorista”, aludindo à Rússia, que foi representada na Indonésia pelo chanceler, Sergei Lavrov.
Em comunicado, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Adrienne Watson, informou que, até o momento, o governo americano não coletou nenhuma evidência que ?contradiga a avaliação preliminar do presidente da Polônia, Andrzej Duda, segundo a qual o míssil que explodiu na Polônia era ucraniano?.
Responsável
De acordo com a norte-americana, no entanto, “está claro que o último responsável por este trágico incidente é a Rússia, que lançou uma sequência de mísseis contra a Ucrânia com o objetivo de atingir infraestrutura civil”.
“A Ucrânia tinha – e tem – todo o direito de se defender”, acrescentou Watson.
Também nesta quarta-feira, o embaixador polonês em Moscou foi convocado ao Ministério das Relações Exteriores da Rússia para discutir a situação, relataram fontes diplomáticas citadas pela agência Tass.
