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Ciência Supertelescópio James Webb descobre galáxias primitivas do começo do Universo

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Segundo a Nasa, achado "abre um novo capítulo na astronomia". (Foto: Nasa/Divulgação)

Pesquisadores que usaram dados observados pelo supertelescópio espacial James Webb descobriram duas galáxias “inesperadamente brilhantes” do começo do Universo.

Segundo a Nasa, a agência espacial norte-americana, esse achado “pode alterar fundamentalmente” o que sabemos sobre as primeiras estrelas que se formaram após o Big Bang, a explosão que deu origem ao nosso Universo, há cerca de 20 bilhões de anos.

Isso porque esses dois sistemas que existiram cerca de 350 a 450 milhões de anos após o Big Bang desafiam o entendimento dos astrônomos sobre a formação de estrelas.

Na cronologia do Universo, a teoria mais aceita até então é de que a Idade das Trevas, como é chamado o período sem estrelas, planetas, ou galáxias no nosso espaço, teria durado até aproximadamente 400 milhões de anos após a grande explosão que deu origem ao espaço-tempo.

Agora, porém, com os resultados dessa descoberta, pesquisadores acreditam que algumas estrelas podem ter começado a se formar antes mesmo disso, talvez até 100 milhões de anos após o Big Bang.

“Este é um capítulo totalmente novo para a astronomia”, afirmou Paola Santini, uma das pesquisadoras envolvidas no estudo.

“Essas observações fazem sua cabeça explodir […]. É como uma escavação arqueológica e, de repente, você encontra uma cidade perdida ou algo que não conhecia. É simplesmente impressionante”, acrescentou Santini, que faz parte do Observatório Astronômico de Roma.

Fora isso, outro fator interessante que despertou a curiosidade dos pesquisadores foi o fato de que essas duas galáxias observadas pelo Webb são bastante diferentes das que nos rodeiam hoje em dia.

Além de serem bastante luminosas, elas têm um formato bem característico, sendo esféricas ou de disco em vez de grandes espirais (como a nossa Via Láctea).

Agora, depois da publicação desses dados, os cientistas esperam fazer novas observações com o supertelescópio para confirmar a distância desses dois sistemas e compreender melhor como era de fato o início do nosso Universo.

“Ampulheta cósmica”

Outro registro do James Webb divulgado nesta semana é o “flagra” de uma “ampulheta cósmica”, um corpo celeste chamado de protoestrela.

Como o nascimento de uma estrela ocorre quando nuvens de gás e poeira colapsam sob sua própria atração gravitacional, esse núcleo quente e denso recebe esse nome pelos astrônomos.

Assim, embora a L1527 ainda não seja de fato uma estrela, ela deve em breve se tornar uma.

E pela primeira vez, embora a própria protoestrela esteja escondida no meio do “pescoço” que forma essa ampulheta, o Webb conseguiu enxergar com clareza o que está acontecendo nessa região do espaço localizada num berçário cósmico a cerca a cerca de 430 anos-luz de distância da Terra.

E isso só foi possível porque essas nuvens de poeira e gás só podem ser vistas na luz infravermelha, que é como o supertelescópio “enxerga”.

“A luz da protoestrela ilumina as cavidades na poeira e no gás acima e abaixo do disco (pense em lanternas apontando em direções opostas, cada uma com seu próprio cone de luz)”, explica a agência espacial.

“Nas áreas azuis a poeira é mais escassa; nas alaranjadas, há camadas mais espessas de poeira”.

Além disso, essa é uma protoestrela relativamente jovem, com apenas 100 mil anos de idade, o que é considerado um estágio inicial da formação estelar.

Ainda de acordo com a Nasa, por causa dessa sua pouca idade, a protoestrela não pode gerar sua própria energia ou ter uma forma de fato, e deve demorar muito tempo ainda antes de se tornar um novo astro.

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https://www.osul.com.br/supertelescopio-james-webb-descobre-galaxias-primitivas-do-comeco-do-universo/ Supertelescópio James Webb descobre galáxias primitivas do começo do Universo 2022-11-17
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