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Mundo Reunião de líderes mundiais mostra que Putin perdeu lugar de destaque

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Mesmo entre os países que não assumiram uma posição mais dura contra a Rússia, há sinais de perda de paciência com o líder do país

Foto: Divulgação
mesmo entre os países que não assumiram uma posição mais dura contra a Rússia, há sinais de perda de paciência. (Foto: Divulgação)

As três principais cúpulas de líderes mundiais que ocorreram na Ásia na semana passada deixaram uma coisa clara: Vladimir Putin está marginalizado no cenário mundial. Putin, cujo ataque à Ucrânia, iniciado há nove meses, devastou o país europeu e agitou a economia global, recusou-se a participar de qualquer uma das reuniões diplomáticas. De casa, ele se viu sujeito a uma censura significativa e o endurecimento da oposição à sua guerra.

A reunião dos líderes da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) em Bangcoc terminou no sábado (19) com uma declaração que faz referência às posições das nações já expressas em outros fóruns –uma delas é a resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que condena “nos termos mais fortes” a agressão russa contra a Ucrânia– ao mesmo tempo em que observa opiniões divergentes.

A declaração da Apec ecoa outra, a da cúpula dos líderes do Grupo de 20 (G20) em Bali, realizada no início desta semana.

“A maioria dos membros condenou fortemente a guerra na Ucrânia e enfatizou que ela está causando imenso sofrimento humano e exacerbando as fragilidades existentes na economia global”, disse o documento, acrescentando que houve diferentes “avaliações” dentro do grupo sobre a situação.

Isolamento

Cúpulas à parte, a semana também exibiu Putin – que teria iniciado a invasão numa tentativa de restaurar a suposta glória antiga da Rússia– como um líder cada vez mais isolado, fechado em Moscou e nada disposto a enfrentar homólogos em grandes reuniões globais.

O medo de possíveis manobras políticas contra ele caso ele saia da capital, uma obsessão pela segurança pessoal e um desejo de evitar cenas de confronto nas cúpulas – especialmente quando a Rússia enfrenta grandes perdas no campo de batalha– foram todos os cálculos prováveis que entraram na decisão de Putin, na opinião de Alexander Gabuev, membro sênior do Carnegie Endowment for International Peace.

Ao mesmo tempo, o líder russo pode não querer chamar atenção indesejada para o pequeno grupo de nações que permaneceram amigas da Rússia, como a Índia e a China, cujos líderes Putin encontrou em uma cúpula regional no Uzbequistão em setembro.

“Ele não quer ser uma pessoa tóxica”, opinou Gabuev.

Visões mais duras

No entanto, mesmo entre os países que não assumiram uma posição mais dura contra a Rússia, há sinais de perda de paciência, se não com a própria Rússia, pelo menos com os efeitos de sua agressão. As restrições de energia, as questões de segurança alimentar e a crescente inflação global estão apertando economias em todo o mundo.

Sede do G20, a Indonésia não condenou explicitamente a Rússia pela invasão, mas seu presidente Joko Widodo disse aos líderes mundiais na terça-feira (15) que “devemos acabar com a guerra”.

A Índia, que tem sido um comprador crucial da energia da Rússia, enquanto o Ocidente vem evitando o combustível russo nos últimos meses, também reiterou no G20 seu apelo para “encontrar uma maneira de voltar ao caminho do cessar-fogo”.

A declaração final da cúpula inclui um trecho que diz: “a era de hoje não deve ser de guerra” –linguagem que ecoa o que o líder indiano Narendra Modi disse a Putin em setembro, quando se encontraram à margem da cúpula no Uzbequistão. Não está tão claro se a China, cuja parceria estratégica com a Rússia é reforçada por uma estreita relação entre o líder Xi Jinping e Putin, teve qualquer mudança de posição.

O governo chinês se recusou a condenar a invasão há tempos e sequer se refere a ela como tal. No lugar disso, a China criticou as sanções ocidentais e ampliou a versão do Kremlin, culpando os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pelo conflito, embora esta retórica pareça ter sido reajustada nos meios de comunicação nacionais controlados pelo estado nos últimos meses.

Mesmo assim, nas reuniões extraoficiais com os líderes ocidentais na semana passada, Xi reiterou o apelo da China para um cessar-fogo por meio do diálogo. De acordo com as leituras dos seus interlocutores, ele concordou em se opor ao uso de armas nucleares na Ucrânia –embora essas observações não tenham sido incluídas no relato da China sobre as conversas.

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https://www.osul.com.br/reuniao-lideres-mundiais-putin-perdeu-lugar/ Reunião de líderes mundiais mostra que Putin perdeu lugar de destaque 2022-11-19
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