Terça-feira, 26 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 20 de novembro de 2022
Nascido em março de 1966, em Haifa (Israel), Ilan Goldfajn, é diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência BrasilO economista brasileiro Ilan Goldfajn foi eleito presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). É a primeira vez que o Brasil vai presidir a instituição, que financia grandes projetos de infraestrutura na América Latina.
Goldfajn foi eleito na primeira rodada de votação com 80% de apoio. Ex-presidente do Banco Central no governo Michel Temer, o economista foi indicado para a vaga pelo governo Jair Bolsonaro.
Na sexta-feira, o ex-ministro Celso Amorim, da equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, disse que o novo governo “nem apoiava, nem vetava” o nome de Goldfajn. A sinalização foi vista em Washington como um apoio velado.
Na semana passada, o ex-ministro Guido Mantega chegou a mandar um e-mail para a ex-secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, pedindo para adiar a eleição para a presidência do BID. O pedido provocou mal-estar e reação dentro da frente ampla que apoia Lula. Mantega deixou à equipe de transição.
Goldfajn é visto como um nome técnico sem ligação com o bolsonarismo. Guedes, inclusive, superou divergências pessoais para indicá-lo.
Currículo
Nascido em março de 1966, em Haifa (Israel), Ilan Goldfajn, é diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional. Possui doutorado em Economia pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), mestrado pela PUC-RJ e graduação pela UFRJ.
Foi presidente do Banco Central do Brasil entre 2016 e 2019 e diretor de Política Econômica da autoridade monetária entre 2000 e 2003. Teve, ainda, uma longa trajetória na iniciativa privada, passando pelo Credit Suisse Brasil, Itaú Unibanco, Ciano Investimentos e Gávea Investimentos.
Foi professor de universidades no Brasil e nos Estados Unidos, sendo também editor e autor de inúmeros livros e artigos.