Terça-feira, 26 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 20 de novembro de 2022
De acordo com o jornal The Telegraph, a queda de braço entre a Fifa e a FA, federação inglesa de futebol, pendeu para o lado da organização internacional. O que antes era um aviso de que haveria sanções econômica aos países que utilizassem símbolos políticos não aprovados pela entidade, agora virou uma proibição expressa.
Na estreia da Inglaterra na Copa, nesta segunda-feira (21) contra o Irã, Harry Kane não poderá usar a braçadeira de capitão com as cores do arco-íris e o slogan “One Love”, de apoio aos membros da comunidade LGBQTIA+.
No encontro entre representantes da Fifa e da seleção que aconteceu neste domingo (20), a FA saiu frustrada. As 10 seleções que prometeram usar a braçadeira estão preocupadas com a punição da entidade, que poderia resultar até em cartões. Mesmo assim, muitos deles estão convictos de manter o gesto.
O zagueiro e capitão da Holanda, Virgil van Dijk, afirmou que também vai usar a braçadeira quando a Laranja entrar em campo nesta segunda, às 13h, contra Senegal.
“Vou usar a braçadeira amanhã [segunda]. Do nosso ponto de vista, não houve nenhuma mudança. Se eu for levar um cartão, teremos que debater sobre isso porque não gosto de jogar quando já recebi um amarelo”, afirmou.
A escolha do Catar como sede da Copa 2022 acendeu rapidamente o estopim de controvérsias. A maior delas talvez seja a relacionada aos direitos humanos. A prática homossexual é crime no país, punível com cadeia. E pode ser ainda mais perigosa para muçulmanos, que ainda têm de suportar o peso das tradições religiosas.
Ser LGBTQIA+ por lá pode ser um risco de vida. E houve ainda denúncias de diversas violações de direitos trabalhistas, especialmente relativos aos funcionários imigrantes que atuaram nas obras da Copa.