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#coronavírus Vacinação mais rápida poderia ter evitado a morte de 47 mil idosos no Brasil em 2021

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Em 2021, vacinação no Brasil começou com poucas doses e para grupos mais vulneráveis. (Foto: Cristine Rochol/PMPA)

A morte de 47 mil idosos por covid e 104 mil hospitalizações pela doença poderiam ter sido evitadas caso a vacinação no Brasil tivesse começado mais cedo e em um ritmo mais acelerado, segundo estimativa feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e parceiros. O estudo foi publicado nesta segunda-feira (21) na revista científica “The Lancet Regional Health Americas”.

Os pesquisadores fizeram uma análise estatística para dimensionar, em números, o papel da vacinação em massa contra a covid no Brasil nos primeiros oito meses da campanha.

O estudo indicou que as vacinas salvaram de 54 mil a 63 mil vidas de idosos com 60 anos ou mais de janeiro a agosto de 2021. Neste mesmo período, a imunização também evitou de 158 mil a 178 mil internações de idosos.

Os pesquisadores construíram outros dois cenários para dimensionar quantas vidas poderiam ter sido salvas e quantas hospitalizações poderiam ter sido evitadas caso a vacinação em massa contra a covid tivesse caminhado em um ritmo mais rápido, como aconteceu após dois meses do início da aplicação das doses no Brasil, em 17 de janeiro de 2021.

Por conta da escassez de vacinas, a imunização foi ganhando corpo aos poucos ao longo do ano passado. Idosos e profissionais de saúde foram os primeiros a tomar a vacina contra a covid por serem de grupos vulneráveis.

Responsável pela compra das vacinas, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi acusado de tentar retardar a vacinação no País ao recusar ofertas de compra de doses ainda em 2020, além de insistir em um discurso antivacina.

O pico de aplicação de 250 mil doses por dia foi atingido entre fevereiro e março. Entre abril e maio, foram alcançadas 500 mil doses diárias. O ritmo de 1 milhão de doses por dia aplicadas só foi alcançado em junho de 2021, mostrou o estudo.

Dois cenários

Os pesquisadores construíram outros dois cenários para dimensionar quantas vidas poderiam ter sido salvas e quantas hospitalizações poderiam ter sido evitadas caso a vacinação em massa contra a covid tivesse caminhado em um ritmo mais rápido, como aconteceu após dois meses do início da aplicação das doses no Brasil, em 17 de janeiro de 2021.

Por conta da escassez de vacinas, a imunização foi ganhando corpo aos poucos ao longo do ano passado. Idosos e profissionais de saúde foram os primeiros a tomar a vacina contra a Covid por serem de grupos vulneráveis.

Responsável pela compra das vacinas, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi acusado de tentar retardar a vacinação no País ao recusar ofertas de compra de doses ainda em 2020, além de insistir em um discurso antivacina.

O pico de aplicação de 250 mil doses por dia foi atingido entre fevereiro e março. Entre abril e maio, foram alcançadas 500 mil doses diárias. O ritmo de 1 milhão de doses por dia aplicadas só foi alcançado em junho de 2021, mostrou o estudo.

Na vacinação, o Brasil saiu atrás de países da Europa e dos Estados Unidos, que iniciaram a aplicação das doses ainda no primeiro ano de pandemia, em dezembro de 2020.

Fizeram parte do estudo também pesquisadores do Observatório Covid-19 BR, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Universidade Federal do ABC (UFABC) e da Universidade de São Paulo (USP).

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https://www.osul.com.br/vacinacao-mais-rapida-poderia-ter-evitado-a-morte-de-47-mil-idosos-no-brasil-em-2021/ Vacinação mais rápida poderia ter evitado a morte de 47 mil idosos no Brasil em 2021 2022-11-21
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