Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 25 de novembro de 2022
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) acionou a Polícia Legislativa do Senado após ser ameaçado por um dono de uma rede de postos no Amapá, seu estado. Pelas redes sociais, o empresário, que declara ser apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), afirma que pretende agredir o parlamentar fisicamente. O senador também deve representar criminalmente contra o empresário.
Dono de uma rede de postos que leva o seu nome, o bolsonarista Júlio Farias usou palavras de baixo calão e proferiu ofensas de teor homofóbico contra Randolfe em vídeo publicado nas redes sociais.
“Ô, gazela, eu vou te avisar uma coisa: o dia que eu me encontrar contigo e tu falar para mim ‘perdeu, mané’, tu vai cair na porrada. Vagabunda, nojenta”, disse o empresário bolsonarista em um vídeo publicado no Instagram no sábado (19).
O empresário fez referência a uma discussão ocorrida entre o senador e uma apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (PL) no aeroporto do Cairo, no Egito, na semana passada. “Deixa eu te falar uma coisa: perdeu, mané”, disse Randolfe na ocasião, em resposta a provocações feitas pela mulher.
Nos stories do Instagram, o dono da rede de postos publicou uma foto nesta quarta-feira em que aparece deitado de bruços em um matagal enquanto empunha uma arma e mira em um alvo. “Não passa uma gazela”, escreveu
Nas redes sociais, Júlio Farias também aparece ao lado de agentes armados e frequentando clubes de tiro em diversas imagens.
Outro caso
Nessa semana, dois homens que ofenderam o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) e a equipe de agentes da Polícia Federal (PF) responsáveis pela segurança foram detidos por desacato. Os dois foram detidos por desacato aos policiais. Um deles se identificou como agente aposentado da Polícia Federal (PF) e, de acordo com a equipe de segurança, estava armado.
Segundo o depoimento de um dos policiais, um homem identificado como Rosemário Queiroz foi em direção ao vice-presidente eleito e passou a ofendê-lo, dizendo que Alckmin era “uma vergonha”.
Os policiais federais tentaram afastar Rosemário para que Alckmin pudesse subir até seu quarto. O homem reagiu aos agentes e disse ter “liberdade de expressão”.
Nesse momento, de acordo com o depoimento, Rosemário chamou o policial federal de vagabundo por estar “defendendo um ladrão”.
O agente declarou que a equipe de segurança interveio para evitar que os ânimos de outras pessoas se exaltassem. O policial disse ter feito “uso progressivo da força” e destacou que não foi sacada nenhuma arma de fogo.
Os dois homens foram levados para a Superintendência da PF no Distrito Federal.