Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Tiago Denardin | 1 de dezembro de 2022
Como ficam as empresas tradicionais dentro desse novo contexto
Como dizem os americanos, uma empresa de sucesso é como um grande tubarão branco. No seu auge, é o predador mais voraz dos mares, porém à medida que vai envelhecendo, adquirindo gordura, vai ficando pesado e lento. Até morrer.
Com muitas possíveis direções a seguir, flexibilidade e capacidade de adaptação são chave para sobreviver. Os negócios têm que estar preparados para andar junto com os movimentos das pessoas e do mercado. Abraçando novas tecnologias, ultrapassando barreiras e repensando as suas estratégias de crescimento.
Em 1984, a IBM era a rainha indiscutível do mundo da computação, com seu PC icônico. E ela teve sucesso porque não tentou fazer tudo sozinha. Ao contrário da Apple, que construiu cada peça de hardware e escreveu todas as linhas de software para seus computadores, a IBM comprou componentes de hardware de fabricantes menores e embarcou seus PCs pré-carregados com o Microsoft Windows.
Ironicamente, a estratégia que fez da IBM a queridinha de Wall Street quase levou à sua morte. Os chamados “clones de PC” logo inundaram o mercado, cada um construído com componentes mais baratos e executando as mesmas versões do Windows. A grande e pesada IBM demorou a inovar, permitindo que concorrentes ágeis reduzissem seus preços. Em 1993, ela registrou a maior perda na história da América corporativa.
A empresa, que passou por revoluções tecnológicas de cartões perfurados a supercomputadores, teve que fazer uma escolha incrivelmente difícil: inovar ou morrer. O novo foco da IBM seria fornecer serviços especialistas de tecnologia para empresas.
Em 2010, a IBM adquiriu mais de 200 empresas no setor de serviços de TI. Também investiu pesadamente em seu negócio de servidores, tornando-se o principal fornecedor de soluções corporativas de servidor no mundo.
A National Geographic é outro case. Inspirada no seu propósito “Acreditamos no poder da ciência, exploração e narrativa para mudar o mundo”, conseguiu se reinventar em tempos de mudança de comportamento das pessoas.
De revista impressa, quase se extinguiu, mas iniciou um esforço para se reinventar em todas as plataformas de mídia, especialmente o National Geographic Channel, lançado em 2001. Enquanto isso, redes sociais e sites de compartilhamento de fotos deram à National Geographic uma maneira totalmente nova de mostrar sua fotografia deslumbrante e premiada.
Marcas são o centro e elas conectam negócios a pessoas
Para enfrentar esses desafios, as marcas devem ser o centro de gravidade. Quanto mais próximo você estiver, mais rápido você cresce. São elas que conectam os negócios as pessoas. Criam proximidade e entendimento do que as pessoas querem e no que acreditam.
Marcas são o que dão toque pessoal a tecnologia, o que dão significado para um engajamento autêntico e experiências inesquecíveis. Elas crescem na velocidade da vida, destacando-se em um cenário de mudanças.
Siga os passos do homem mais rico do mundo
“Você pode ser um competidor focado no concorrente, pode ser focado no produto, pode ser focado na tecnologia, pode ser focado no modelo de negócios e muito mais. Mas, na minha opinião, o foco obsessivo no cliente é de longe o modelo mais protetor… ” Jeff Bezos, Chairman da Amazon.
O primeiro passo para implementar uma metodologia Brandtech começa com a clareza do propósito corporativo, ou seja, qual a sua razão de existir. Esse é o tema número um. Pra quem não entende nada disso o americano Simon Sinek trabalhou muito bem o assunto em um clássico vídeo chamado Golden Circle.
A partir disso, quatro grandes áreas devem ser formatadas: vendas, marketing, customer experience e growth. As duas primeiras obviamente não são novidade para ninguém. O que muda agora é a perspectiva e atuação delas, muito mais integradas e influenciadas pelas áreas de Customer Experience e Growth que entram e agregam papéis interdependentes com o todo. Um alimenta o outro.
Os negócios hoje só têm sucesso se estiverem centrados na satisfação do cliente. O Growth estará sempre testando novas possibilidades de alimentar esse círculo vicioso, testando novas possibilidades de impulsionar esse relacionamento com o cliente, impactando na marca e em vendas.
O fechamento é conectar as pessoas, colocar todas na mesma página. Alinhar a visão de negócio e capacitação técnica e comportamental. Aplicar novas tecnologias dentro da empresa. Dar atenção especial ao cliente para, no fim das contas, criar o que chamamos de white space, ou um espaço especial da sua marca nesse contexto.
A metodologia acontece na prática, quando você consegue orquestrar todas essas áreas de forma sintonizada. Brandtech é a conexão de diversas expertises que transformam uma marca em uma poderosa plataforma de relacionamento e negócios.
E na sua empresa, qual a importância está sendo dada para a tecnologia para continuar relevante no presente e futuro? Comece a planejar isso agora mesmo. E não esqueça, a marca é um pilar desse movimento.
Se conhecer a metodologia Brandtech fez sentido pra você, aprofunde-se mais sobre o tema com o livro Brandtech – O segredo das scale-ups mais inovadoras do mundo disponível na Amazon.
Tiago Denardin é Co-Founder e CSO – Chief Executive Officer na GH Branding, especialista em Branding com vasta experiência na criação e posicionamento de marca para empresas no Brasil e no exterior e co-autor da metodologia de Brandtech. Tem como propósito mudar o curso da historia das empresas e da sociedade por meio do aprimoramento das estratégias de marketing e branding para geração de negócio e valor para as pessoas.
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