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Saúde Bruxismo na infância: até 50% das crianças sofrem do problema

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Sinais, mais comum dos 3 aos 6 anos, vão além do barulho durante o sono e podem ser percebidos em atitudes do dia a dia. (Foto: Freepik)

Se seu filho range ou aperta os dentes enquanto dorme e durante o dia ou reclama de dor no maxilar, ele pode sofrer de bruxismo. Os sons emitidos durante a noite são uma disfunção que atinge cerca de 30% da população mundial, segundo apontou um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS). Nas crianças, a estimativa é que entre 6% e 50% sofram com o problema, de acordo com um artigo publicado pela Sleep Foundation.

O bruxismo é caraterizado por ser uma disfunção em forma de ruído que aparece durante o sono, quando as pessoas rangem, cerram ou apertam os dentes. O problema pode parecer, inicialmente, inofensivo, mas é capaz de causar desconfortos diários e problemas nos dentes.

Nos pequenos é comum surgir na segunda infância — dos três aos seis anos. Os sinais vão além do barulho alto durante do sono e, nas crianças, podem ser notados em atitudes do dia a dia, como reclamações de dores de cabeça. Estudos apontaram que os meninos são os mais propensos a desenvolver o bruxismo.

Mas a predisposição não se restringe somente ao sexo da criança. Existem fatores, alguns deles psicológicos outros hereditários, que podem causar os ruídos noturnos, como a ansiedade, o estresse e a predisposição genética

Os problemas relacionados a saúde mental se justificam, por ser um período em que a criança passa por grandes descobertas e adaptações. Por isso, em alguns casos, é importante um tratamento interdisciplinar, com profissionais além do dentista, como psicólogos, fonoaudiólogos e otorrinolaringologistas.

“Sempre recomendamos o acompanhamento multiprofissional, que é uma característica importante do bruxismo”, fala Sandra Khalil doutora em odontopediatria e vice-presidente da Associação Brasileira de Odontopediatria (Aboped).

Saiba como identificar

O problema na infância pode ser difícil de ser detectado, especialmente se a criança dormir sozinha. Isso porque cerca de 80% das pessoas que rangem os dentes durante o sono não percebem, a menos que alguém os conte. O bruxismo acontece geralmente em pessoas que respiram pela boca.

“O mais importante é entender o que realmente está ocorrendo e fechar um bom diagnóstico, que pode ser em três níveis de atuação, que podem contemplar até mesmo um exame de polissonografia, que registra as variações biofisiológicas que ocorrem durante o sono”, explica a vice-presidente da Aboped.

Há sinais que pais e mães podem notar que indicam a possibilidade de a criança ter bruxismo, como a existência de dentes fraturados e problemas na mandíbula. Além disso é comum que a criança tenha distúrbios alimentares e problemas no sono, e, às vezes, até gagueira.

Tratando o bruxismo

O bruxismo não tem cura, mas existem tratamentos indicados para reduzir efeitos colaterais e os danos que causam. O dentista pode recomendar o uso de protetores noturnos, que impedem o atrito dos dentes e reposiciona a mandíbula.

“Indicamos o uso da placa para proteção dos dentes e em alguns casos aplicações com laser nos músculos da mastigação, para relaxamento no local”, fala Sandra Kalil.

Há cuidados paralelos e importantes que podem ser orientados pelos pais, como o alívio do stress e o estabelecimento de rotinas, sobretudo reduzir a exposição a telas antes de dormir.

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https://www.osul.com.br/bruxismo-na-infancia-ate-50-das-criancas-sofrem-do-problema/ Bruxismo na infância: até 50% das crianças sofrem do problema 2022-12-01
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