Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 2 de dezembro de 2022
Para a agência de risco, as margens de juros crescentes permitirão a geração contínua de capital.
Foto: ReproduçãoA Moody’s afirma que a perspectiva para os bancos globais em 2023 é estável, à medida que “as condições econômicas sombrias em grande parte do mundo levarão à deterioração do desempenho dos empréstimos, mas a qualidade de crédito dos bancos permanecerá estável no ano que vem”.
Para a agência de risco, as margens de juros crescentes permitirão a geração contínua de capital, enquanto a liquidez e o financiamento permanecerão robustos.
Em relatório, a Moody’s destaca que os bancos na América do Norte, Oriente Médio, alguns países da Europa Ocidental e Ásia-Pacífico (excluindo a China) serão os mais beneficiados com as taxas de juros mais altas.
“Financiamento e liquidez permanecerão fortes. Os depósitos provavelmente permanecerão bem acima dos níveis pré-pandêmicos pelo menos nos próximos 12 a 18 meses, e os requisitos de resgate da dívida já foram amplamente atendidos na maioria das economias avançadas. Isso significa que os bancos permanecerão bem financiados ao longo de 2023, mesmo que os bancos centrais continuem a drenar a liquidez por meio do aperto quantitativo”, analisa a agência.
No entanto, a agência pondera que os bancos enfrentam um ambiente macroeconômico fraco e mais volátil, já que o crescimento econômico desacelerará em todo o mundo em 2023. “Inflação alta, mudanças geopolíticas e volatilidade do mercado financeiro estão prejudicando famílias e empresas e há um risco substancial de novos choques no futuro”, pontua.
“Assim, o desempenho do empréstimo se deteriorará a partir de níveis fortes”, acrescenta a Moody’s.