Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 5 de dezembro de 2022
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A numerosa equipe montada pelo presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva para a transição de governo, da qual participam cerca de setenta petistas com passagens pela polícia, dispõe de orçamento milionário de R$3,22 milhões. Uma generosa verba para menos de 60 dias de trabalho até Lula assumir o Palácio do Planalto. O montante é quase 10% do que está previsto na Lei Orçamentária de 2023 para o principal programa habitacional do Brasil, o Casa Verde e Amarela: R$ 34,1 milhões.
Mais que Bolsonaro
Lula levou mais do que Jair Bolsonaro para fazer a transição de governo em 2018. Eleito, Bolsonaro teve orçamento de R$2,93 milhões.
Boquinha
Compor a equipe também garante uma boquinha para alguns. São 50 cargos remunerados com salários que começam em R$2,7 mil.
Holerite
Do grupão de Lula, que, não custa lembrar, é pago com dinheiro público, o maior salário é o do vice-eleito Geraldo Alckmin: R$ 17,3 mil.
Nobre Instalação
A equipe também não tem do que reclamar do local de trabalho. Está instalada no CCBB, imponente prédio assinado por Oscar Niemeyer.
J&F de Joesley perde mais uma para a Paper
A holding J&F, dos notórios irmãos Wesley e Joesley Batista, perdeu mais uma batalha contra a Paper Excellence pelo controle da Eldorado Celulose, após tentar anular a arbitragem da qual foi derrotada, na disputa bilionária, utilizando a mesma estratégia de um médico que brigava com o plano de saúde Amil. A J&F entrou com queixa-crime numa delegacia contra o árbitro indicado pela Amil, como fizeram contra o árbitro indicado pela Paper. No fim, foram novamente derrotados.
Precedente fajuto
A avaliação nos meios jurídicos é que a J&F tentou criar um precedente com o caso da Amil para usar na ação que a J&F. A manobra fracassou.
Desastre e derrota
O grupo dos irmãos Batista tentava anular a arbitragem na qual a Paper venceu por unanimidade. Mas a Justiça não anulou arbitragem da Amil.
Manobra rejeitada
O relator do caso, desembargador Jorge Tosta, do Tribunal de Justiça de São Paulo, rejeitou a manobra da J&F e impôs nova derrota aos Batista.
Na trave
Lula frustrou a ida do deputado José Guimarães (PT-CE) à presidência do PT. O partido estava em pé de guerra para saber quem seria o novo chefão, mas Gleisi Hoffmann deve permanecer no posto.
Eletrobrás é privada
A visão obtusa de petistas da Transição, tipo Paulo Pimenta, não lhes permite perceber que a privatização da Eletrobras decorre de lei aprovada no Congresso e de decisões dos tribunais, e está consumada.
Cerimonial
Já circula entre parlamentares e o alto escalão de Brasília o convite para a posse de Bruno Dantas como presidente do Tribunal de Contas da União. O evento será no próximo dia 14.
Cidade que nunca dorme
Tem tudo para acabar mal o anúncio do prefeito de Nova York (EUA) de que vai “hospitalizar à força” pessoas com “transtornos mentais”, para retirá-las das ruas e metrôs. Difícil mesmo será definir os “transtornos”.
Bola da vez
Entre Câmara e Flávio Dino, o PSB prefere mandar o senador eleito do Maranhão para o governo. Com isso, a sigla também manteria a vaga no Senado, já que a suplente Ana Paula Lobato também é do partido.
Há pouco tempo
Completa 104 anos no domingo a viagem do presidente Woodrow Wilson (EUA) para negociar termos de paz da 1ª Guerra Mundial na França, se tornando o primeiro mandatário norte-americano a viajar para a Europa.
Longe do pico
Apesar da recente atenção dada à covid no Brasil, existem cerca de 500 mil casos ativos da doença em todo o País. O pico de infecções em 2022 foi na onda omicron, quando 3 milhões de brasileiros ficaram doentes.
Outra marcha
A agenda da Câmara dos Deputados não prevê nada além de sessões solene e não-deliberativas nesta segunda-feira (5). Faltam apenas três semanas para o recesso parlamentar de fim de ano.
Pensando bem…
…prometer no governo dos outros pode dar azar.
PODER SEM PUDOR
As batatas do presidente
Perseguido pelo regime militar, Juscelino Kubitschek dedicou-se a uma pequena fazenda nas proximidades de Brasília. Certo dia, vestido a caráter e calçando botas, ele irrompeu no escritório de um amigo, o saudoso jornalista Sérgio Rossi, representante da Bloch Editores em Brasília: “Serginho, estou aí fora com um caminhão carregado com as batatas que eu plantei. Como faço agora para vender isso?” Incrédulo, Rossi o acompanhou até a rua e, de fato, lá estava um caminhão: “O senhor plantou isso tudo, presidente?” JK confirmou: “Claro. Mandaram-me plantar batatas e eu as plantei. Agora, é tratar de vendê-las.”
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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