Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 13 de dezembro de 2022
Argentinos comemoram o primeiro gol, marcado por Lionel Messi, de pênalti
Foto: DivulgaçãoA Argentina goleou nessa terça-feira (13), a Croácia em jogo válido pela semifinal da Copa do Mundo do Catar. A vitória por 3 a 0 com gols de Messi e Julián Álvarez, deixou a equipe sul-americana a um jogo de encerrar uma espera que se arrasta desde 1986, quando foi bicampeã. A final será contra França ou Marrocos, que se enfrentam nesta quarta (14), e representará a última chance de Lionel Messi levantar a taça do Mundial.
Com a vitória na semifinal, a Argentina volta à final da competição depois de oito anos. Em 2014, no Brasil, o time de Lionel Messi foi vice ao perder a final para a Alemanha. A grande final será no domingo (18), ao meio-dia.
Jogo
Os argentinos não encontraram dificuldade para despachar o rival europeu e mostraram à seleção brasileira o que era preciso ser feito diante da equipe de Luka Modric, que pouco fez nesta terça. Emiliano Martínez quase não trabalhou numa noite em que a Argentina foi dominante.
Ao fazer de pênalti o gol que abriu o caminho para a vitória, Messi, acostumado a pulverizar recordes, superou Batistuta e se tornou o maior goleador argentino na história das Copas, com 11 gols. Também se igualou a Mbappé, seu colega no PSG, na artilharia do torneio – ambos foram às redes cinco vezes – e, em sua 25ª partida, virou o atleta com mais jogos em Mundiais ao lado do alemão Lothar Matthäus.
Messi não tem jogado “sozinho” como no passado. No Catar, tem a companhia de atletas que estão na mesma rotação que ele. Julian Álvarez, revelado pelo River Plate, é um deles. Uma das principais revelações do futebol argentino, o jovem de 22 anos do Manchester City sofreu o pênalti que o camisa 10 converteu no ângulo esquerdo aos 34 minutos e definiu o passeio argentino com dois gols.
O seu primeiro ele marcou na base do talento e da insistência. Deixou ao menos dois marcadores para trás e contou com a falha de Sosa para invadir a área e tocar com o peito do pé para as redes. Os torcedores exageradamente compararam a jogada com o antológico gol de Maradona nas quartas final do Mundial de 1986 contra a Argentina.
O segundo dele, terceiro da Argentina, saiu após jogada de gênio de Messi, para quem o esplêndido é comum. O camisa 10 tirou Gvardiol, um defensor 15 mais jovem que ele, para dançar um tango na linha de fundo por uns 30 metros. O craque argentino deixou o zagueiro croata para trás, entrou na área e serviu Álvarez, que definiu com precisão.
O gol antológico selou o triunfo no Lusail e fez os torcedores reverenciarem Messi e Álvarez, de gerações diferentes, mas de semelhante talento. Messi e Álvarez, juntos, têm nove gols no Mundial catariano.
Anestesiados, os croatas nada fizeram. Até tentaram. Trocaram muitos passes, mas sem efetividade, foram engolidos pelos argentinos, eficientes em seus contra-ataques. Nada deu certo numa noite histórica para a seleção alviceleste, de volta a uma decisão de Copa depois de oito anos.
Ficha técnica
— Argentina: Dibu Martínez; Molina (Foith), Romero, Otamendi e Tagliafico; Paredes (Lisandro Martínez), Fernández, De Paul (Palacios) e Mac Allister (Correa); Messi e Alvarez (Dybala). Técnico: Lionel Scaloni.
— Croácia: Livakovic; Juranovic, Gvardiol, Lovren e Sosa (Orsic); Brozovic (Petkovic), Kovacic e Modric (Majer); Pasalic (Vlasic), Kramaric (Livaja) e Perisic. Técnico: Zlatko Dalic.