Terça-feira, 26 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 18 de dezembro de 2022
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Consumada a ida de Aloizio Mercadante para a presidência do BNDES, o petista pode amarrar o burro na sombra; o gordo salário do cargo pode ultrapassar os R$ 265 mil. Em junho deste ano, este foi o contracheque de Gustavo Montezano, que ainda ocupa a cadeira jurada ao petista por Lula. Os 10 diretores do banco também não têm do que reclamar, a folha de pagamento já ultrapassou o R$ 1,5 milhão em dezembro passado.
Caiu pra cima
Rejeitado, Mercadante se livrou de ganhar R$ 30 mil como ministro. Merreca perto dos quase R$ 81 mil que paga só de honorário no BNDES.
Turbinada
Fora o salário, o holerite do comando do BNDES conta com benesses de primeira: plano de saúde (R$ 6,4 mil) e auxílio alimentação (R$ 1,6 mil).
Pequena fortuna
Só a título de “remuneração variável anual”, o atual mandachuva do BNDES levou em único mês o total de R$ 181.529,74.
Bom ou ótimo
Descartado os ministérios, “sobrou” para Mercadante o BNDES ou a Petrobras, que paga quase R$ 120 mil para o presidente da petroleira.
Centrão atrasa Nisia na Saúde por PEC Fura-teto
Na reunião com o presidente eleito Lula, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), colocou sobre a mesa um desejo acalentado pelo centrão: o comando do Ministério da Saúde. Diante da negativa, que teve como justificativa o suposto uso político muito criticado por petistas durante a pandemia, eis que surgiu um caminho alternativo: a distribuição de quase 200 cargos na administração federal.
Dois por um
Para aprovação da PEC Fura-Teto, Arthur Lira acumula um patrimônio de 90 votos, todos eles com demandas variadas, como a Codevasf.
Destino obscuro
Nas negociações com o Centrão, Lula está ciente de que vai precisar acomodar 157 deputados não reeleitos.
Na geladeira
Não seria Margareth Menezes (Cultura), a primeira ministra anunciada e sim Nisia Trindade, da Fiocruz, para Saúde. Mas ficou na geladeira.
Nível vermelho
Segundo cálculos do Tesouro Nacional, caso a PEC Fura-Teto de Lula seja aprovada, a dívida pública passaria a representar 81,8% do PIB, oito pontos percentuais acima dos 73,7% do governo Bolsonaro.
Fazendo política
Não ficou bem para o ministro do STF Ricardo Lewandowski visitar o presidente do Senado, na sexta (16), e ainda fazer declarações políticas a jornalistas sobre um caso que ainda ia julgar, do “orçamento secreto”.
Digitais
Não tem quem tire da cabeça de Josué Gomes que o movimento para o retirar do comando da Fiesp tem nome e sobrenome: Paulo Skaf, ex-presidente da federação, que ouve apelos para retomar o posto.
Fenômeno na CBF
Ronaldo Fenômeno é craque também fora de campo. Viveu três anos em Londres estudando gestão para depois comprar clubes como o espanhol Valladolid e o Cruzeiro. Durante a Copa, tem se revelado amadurecido, articulado, ótimo comunicador. Seria um presidente perfeito para a CBF.
Bola pra frente
Janaina Paschoal disse nas redes sociais que aqueles esperando “algo” precisam aceitar a realidade. Defendeu “alguém menos teatral para 2026” já que “se não tivessem causado tanto, o PT não estaria de volta”.
Veja bem
Com falência decretada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), quase ex, declarou para a Justiça Eleitoral ter, em mãos, R$80 mil.
Pode dançar
Na fritura por petistas dia sim, dia também, e sondada para a Esplanada, Simone Tebet (MDB-SM) bateu o pé e disse que só lhe interessa a cadeira do Ministério da Cidadania, responsável pelo Bolsa Família. Lula faz ouvidos moucos e Tebet diz não saber “onde a vida vai levar”.
Fração real
Após rame-rame da PEC Fura-Teto, esta semana, não demorou fração de segundo para que petistas ameaçassem o apoio, já fechado, à reeleição de Arthur Lira para presidente da Câmara.
Pensando bem…
…o governo Lula já melhorou ao menos a economia de Brasília, com hordas de lobistas lotando restaurantes, hotéis… e mansões.
PODER SEM PUDOR
Quanto vale um voto
Os irmãos Júlio e Jaime Campos, filhos de dona Amália, disputavam o Senado e o governo do Mato Grosso, em 1991, e visitavam Arenápolis. Alguém sugeriu que a caravana evitasse a zona do baixo meretrício.
Júlio ignorou a sugestão e entrou na rua de mulheres debruçadas nas janelas, seios à mostra. Saudou gentilmente as prostitutas, beijando-lhes as mãos: “Como vai, minha princesa?” O irmão ficou transtornado: “Você ficou louco?!” Júlio Campos colocou o braço sobre os ombros de Jaime e ensinou: “Irmão, o voto de cada uma delas vale tanto quanto o de d. Amália…”
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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